John Dee faz referências ao livro Steganographie publicado em 1499 pelo abade alemão Johannes Trithemius que trata da comunicação com espíritos mortos e que criptografa as mensagens segundo um algoritmo matemático.[1] Johannes Trithemius, por outro lado, não hesita em atacar a astrologia.[2] Joahannes Tritêmio em Steganographia de 1606 descreve técnicas de criptografia para escrita em linguagem cifrada.[3] O padre Pierre Le Brun assinala que a utilização destas técnicas de criptografia em Steganographie, usadas em espionagem, inclui uso de aparelhagem: “ouvi dizer, muitas vezes, que algumas pessoas comunicam-se segredos, a mais de cinquenta léguas de distância, usando agulhas imantadas. Dois amigos tomaram cada um uma bússola, ao redor do qual estavam gravadas as letras do alfabeto e pretendiam que um dos dois, fazendo aproximar a agulha de algumas letras, a outra agulha da outra bússola, distanciada de algumas léguas, se voltasse para as mesmas letras”.[4] A Sociedade Christiana de inspiração rosacruz sintetiza o papel do matemático: “o matemático é um homem de extraordinária sagacidade, que utiliza os instrumentos de todas as artes e invenções do homem [..] os quais devem, sem embargo, devem todas visar este alvo, ou seja, contemplar a União de Cristo entre tantas invenções magníficas, relativas aos números, pesos e medidas e observar a sábia arquitetura de Deus na formação deste universo”.[5] O diplomata francês Blaise de Vigenère (1523-1593) (na figura) autor do Traicte de Chiffres (1585 inventou a cifra de autochave, a primeira cifra deste tipo não quebrável trivialmente. Blaise de Vigenère pode desenvolver sua técnica a tentando decifrar textos de alquimia [6] tendo sido autor deo texto de alquimiaTraicté du Feu et du Sel. Excellent et rare opuscule du sieur Blaise de Vigenère Bourbonnois, trouvé parmy ses papiers après son decés.[7]
[1]https://en.wikipedia.org/wiki/Steganographia
[2] SARTON, George. Six wings, men of science in the Renaissance,
Bloomington: Indiana University Press, 1957, p. 72
[3] YATES, Frances.
Giordano Bruno e a tradição hermética, São Paulo:Cultrix, 1995, p.167
[4] BERGIER, Jacques. Os
livros malditos, São Paulo:Hemus, 1971, p.59; Histoire critique des pratiques
superstitieuses Tome I Le Père R. Pierre Le Brun 1732 Guillaume Desprez &
P. G. Cavelier
[5] YATES, Frances. O
iluminismo rosacruz, São Paulo:Pensamento, 1983, p.200
[6] PAUWELS, Louis; BERGIER, Jacques. O despertar dos mágicos. São Paulo: Difel,1975,
p. 104
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