O dominicano Alberto Magno (1193-1280) o Doctor Universalis[1] em seu texto de mineralogia De minerallibus et rebus metallicis de 1250 reconhece a possibilidade de transmutação dos metais, embora identifique como a arte da simulação[2]. Alberto Magno cita o assim chamado livro sagrado de Hermes em De animalibus[3] e no terceiro livro De minerallibus em que afirma que as artes da alquimia imitam a natureza. Lynn Thorndike não confirma a autenticidade de diversos textos de alquimia atribuídos a Alberto Magno.[4] A obra De alchimia é atribuída a Alberto Magno, porém sua autenticidade é questionada [5]. Para Alberto Magno os alquimistas honestos agem tal como um médico com seus pacientes: limpam e purificam o metal antigo para depois fortalece-los com os “poderes celestiais e elementais” observando os julgamentos astrológicos, de modo a preparar o metal para a natureza do ato que será nele realizado de tal modo que a natureza possa fazer o seu trabalho de modo que o alquimista atua como mero instrumento de transformação, na verdade não se trata de transmutação de espécies mas a remoção de uma forma específica para ser preparada para receber outra forma. Alberto Magno rejeitou diversos mitos de sua época tais como o da fênix renascida das cinzas, do castor que lança seus próprios testículos aos seus perseguidores, ou o da águia que incuba seus ovos expondo-os ao sol numa pele de lobo.[6]
[1] TATON, René. A ciência
antiga e medieval: a Idade Média, tomo I, v.III, São Paulo:Difusão, 1959, p.
122
[2] GOLDFARB, Da alquimia à
química, Sâo Paulo:Edusp, 1987, p.122
[3] THORNDIKE, Lynn. A History of magic and experimental science, v.II,
Columbia University Press, 1923, p.219
[4] THORNDIKE,
Lynn. A History of magic and experimental science, v.II, Columbia University
Press, 1923, p.567
[5] http://www.newadvent.org/cathen/01272b.htm
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