sábado, 6 de março de 2021

Parafuso de Arquimedes

 

O parafuso de Arquimedes, de 250.a.C para transporte de água para irrigação para bombear água das minas de prata do rio Tinto no sul da Espanha e atribuído a Arquimedes por Diodorus Siculos (século I a.c.)  e Ateneu [1] ressurgiu apenas no século XIV como forma de suprir água para as fontes públicas.[2] Outras fontes se referem ao trabalho em irrigação de Arquimedes no Egito para controlar as enchentes no delta do Nilo. A geologia da zona de Laurium dispensava os atenieneses de se preocupar com problemas de drenagem nas minas. Laurium era famoso na Antiguidade Clássica por suas minas de prata, que eram uma das principais fontes de receita do estado ateniense. Evidências dispersas mostram o uso do parafuso de Arquimedes, sendo preferido a retirada manual da água [3]. Em sua forma mais simples o parafuso é formado por uma rosca em espiral que uma vez girada transporta a água para cima. O uso do parafuso de Arquimedes como instrumento comum para remoção de água das minas foi um desenvolvimento dos romanos.[4] Os romanos chamavam o parafuso de Arquimedes de cochlea.[5] Arquimedes apenas aperfeiçoou a invenção de Arquitas muito embora hoje conhecemos a invenção pelo seu nome [6]. O parafuso de Arquimedes foi utilizado no navio Syracusia para esvaziar os porões de água do navio em ocasiões de tempestades, assim como transportar água do Nilo até o nível dos campos para torná-los cultiváveis. Moses Finlay aponta que foram nas minas espanholas que se utilizaram inovações como o parafuso de Arquimedes. [7]  



[1] USHER, Abbott. Uma história das invenções mecânicas, Campinas:Papirus, 1993, p.177; HODGES, Henry. Technology in the ancient world, New York: Barnes & Noble Books, 1970, p. 219; STRATHERN, Paul. Aqruimedes e a alavanca, Rio de Janeiro: Zahar, 1998, p.24

[2] CHALLONER.op.cit.p.115

[3] FINLEY, Moses. Economia e sociedade na Grécia antiga, São Paulo:Martins Fontes, 2013, p. 201

[4] DERRY, T.; WILLIAMS, Trevor. Historia de la tecnologia: desde la antiguidade hasta 1750, Mexico:Siglo Vintuno, 1981, p.182

[5] SINGER, Charles; HOLMYARD, E. A history of technology, v.II, Oxford, 1956, p.7

[6] READERS'S DIGEST. Da idade do ferro à idade das trevas: de 1200 a.c. a 1000 d.c, Rio de Janeiro, 2010, p.62

[7] FINLEY, Moses. Economia e sociedade na Grécia antiga, São Paulo:Martins Fontes, 2013, p. 218



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