O parafuso
de Arquimedes, de 250.a.C para transporte de água para irrigação para bombear
água das minas de prata do rio Tinto no sul da Espanha e atribuído a Arquimedes
por Diodorus Siculos (século I a.c.) e
Ateneu [1] ressurgiu apenas no século XIV como forma de suprir água para as fontes
públicas.[2] Outras
fontes se referem ao trabalho em irrigação de Arquimedes no Egito para
controlar as enchentes no delta do Nilo. A geologia da zona de Laurium
dispensava os atenieneses de se preocupar com problemas de drenagem nas minas. Laurium
era famoso na Antiguidade Clássica por suas minas de prata, que eram uma das
principais fontes de receita do estado ateniense. Evidências dispersas mostram
o uso do parafuso de Arquimedes, sendo preferido a retirada manual da água [3]. Em sua
forma mais simples o parafuso é formado por uma rosca em espiral que uma vez
girada transporta a água para cima. O uso do parafuso de Arquimedes como
instrumento comum para remoção de água das minas foi um desenvolvimento dos
romanos.[4] Os
romanos chamavam o parafuso de Arquimedes de cochlea.[5] Arquimedes
apenas aperfeiçoou a invenção de Arquitas muito embora hoje conhecemos a
invenção pelo seu nome [6]. O
parafuso de Arquimedes foi utilizado no navio Syracusia para esvaziar os porões
de água do navio em ocasiões de tempestades, assim como transportar água do
Nilo até o nível dos campos para torná-los cultiváveis. Moses Finlay aponta que
foram nas minas espanholas que se utilizaram inovações como o parafuso de
Arquimedes. [7]
[1] USHER, Abbott. Uma história
das invenções mecânicas, Campinas:Papirus, 1993, p.177; HODGES, Henry. Technology in the ancient world, New York: Barnes & Noble Books,
1970, p. 219; STRATHERN, Paul. Aqruimedes e a alavanca, Rio de Janeiro: Zahar, 1998, p.24
[2] CHALLONER.op.cit.p.115
[3] FINLEY, Moses. Economia
e sociedade na Grécia antiga, São Paulo:Martins Fontes, 2013, p. 201
[4] DERRY, T.; WILLIAMS,
Trevor. Historia de la tecnologia: desde la antiguidade hasta 1750,
Mexico:Siglo Vintuno, 1981, p.182
[5] SINGER, Charles; HOLMYARD, E. A history of technology, v.II, Oxford,
1956, p.7
[6] READERS'S DIGEST. Da
idade do ferro à idade das trevas: de 1200 a.c. a 1000 d.c, Rio de Janeiro,
2010, p.62
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