Frances
Gies aponta o uso de moinhos horizontais na Armênia em 200 a.c.[1] Ctesibius descreve uma roda dágua no século
terceiro, porém não resta mais cópias deste tratado, mas Fílon de Bizâncio (280
a 220 a.c.) como aluno de Ctesíbio desenvolve as rodas dáguas capazes de girar
uma roda na parte exterior de um pedestal do qual brota um dio dágua para uso em
um templo. A água pode ser elevada a 27 metros e é construída para acionar uma correia
de potes através de um mecanismo de correntes, embora Drachman acredite que tal
descrição deva ser resultado de inserções de copistas medievais e não original
do trabalho de Fílon. Vitruvio (27 a.c) descreve um moinho com a roda dágua na
vertical e engrenagens para converter o movimento vertical em movimento
horizontal para mover o moinho. Nos moinhos em que a roda d'água é horizontal
basta um pequeno volume de água, contudo é necessário alta velocidade para
girá-la, perdendo com isso eficiência. Jacques le Goff destaca a adoção de
inovações técnicas pelos monges dos mosteiros diante da valorização do trabalho
manual[2].
A invenção do moinho de água é atribuída a Orêncio de Auxh que o construiu no
lago de Isaby no século IV, enquanto que Cesário de Arles instala um moinho em
Saint Gabriel no século VI [3].
Gregório de Tours (538-594) descreve diversos moinhos incluindo um na cidade de
Dijon e outro no rio Indre construído pelo abade de Loches, Ursus de Cahors.[4] Já no início do século VIII com Carlos
Magno os moinhos haviam se tornado importante fonte de receitas no Capitulare de villis. [5]
[1] GIES,
Frances & Joseph. Cathedral, forge and waterwheel, New York: Harper
Collins, 1994, p. 32
[2] LE GOFF, Jacques. A
civilização do Ocidente Medieval. Rio de Janeiro:Vozes, 2016, p.74
[3] LE GOFF, Jacques. A
civilização do Ocidente Medieval. Rio de Janeiro:Vozes, 2016, p. 184
[4] GIES,
Frances & Joseph. Cathedral, forge and waterwheel, New York: Harper
Collins, 1994, p. 48
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