terça-feira, 2 de março de 2021

Luis Antonio Vernei

 

D. João V enviou à Roma Luis Antonio Verney para elaborar um plano de reforma educacional em Portugal o qual consolidou no livro Verdadeiro Método de estudar que teve a publicação rejeitada pelo rei de modo que a obra acabou sendo publicada em 1746 anonimamente.  A obra, sob influência de Thoughts  on education de John Locke, faz uma crítica ao ensino dos jesuítas tanto quanto a seus métodos pedagógicos como ao currículo, preconizava o emprego da observação e da experimentação, o ensino das mulheres assim como defendia o ensino das línguas francesa e italiana, rompendo com a primazia do latim [1]. Banha de Andrade afirma que: “antes de Verney ter explodido em Portugal, já se conhecia, desde muito tempo, a filosofia moderna, não apenas numa ou noutra modalidade, mas completamente”.[2] Para Breno Ferreira observa que ao invés de uma ruptura com a tradição escolástica, Vernei deve ser visto como uma tentativa de conciliação da fé com a razão, uma defesa da religião católica frente a judeus, protestantes e ateus [3].



[1] BOXER, Charles. O império Colonial português, Lisboa:Edições 70, 1969, p.339

[2] BANHA DE ANDRADE, A. Alguns aspectos da nossa cultura antes de Vernei. Brotéria.v. 39, p. 492, 1994

[3] FERREIRA, Breno Ferraz Leal. Contra todos os inimigos. Luiz Antonio Verney: historiografia e método crúitico (1736-1750) Mestrado em História Social USP, São Paulo, 2009



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