José
Silvestre Rebelo registra que o nome Brasil será oficialmente adotado pela
primeira vez no Alvará de 1530 de D. João III que designava Martim Afonso de
Sousa: “Faço saber que eu envio ora a Martim Afonso de Sousa do meu conselho
por capitão-mor da armada que envio a terra do brasil e assim de todas as
terras que ele dito Martim Afonso na dita terra achar e descobrir”.[1] No entanto, no Livro da viagem e regimento da Nau Bretoa de 1511, quando se
autorizou a vinda às terras da América, já aparece na primeira página o nome
"Brasil: "Livro da Nau Bretoa que vai para a terra do Brasil"
que se encontrada em arquivo na Torre do Tombo em Portugal. O texto se refere
também a: "Livro do dia que partimos da cidade de Lisboa para o Brasil,
até que tornamos a Portugal".[2] A nau Bretoa armada por Fernando de Noronha e alguns sócios, que saiu de Lisboa,
levou de regresso a Portugal uma carga contendo além de pau brasil e escravos
também gatos silvestres, répteis, aves exóticas, saguis, macacos e papagaios e
quarenta indígenas, sendo sua história narrada no Livro da viagem e
regimento da Nau Bretoa.[3] Foram armadores Bartolomeu Marchioni, Benedito Morelli, Fernão de Noronha e
Francisco Martins e capitão Cristóvão Pires.
[1] LUIS, Wasgington. Na capitania de São Vicente, Brasília : Senado Federal,
Conselho Editorial, 2004, p. 59 https://www2.senado.leg.br/bdsf/bitstream/handle/id/1086/690137.pdf
[2] fonte da imagem Torre do Tombo, Lisboa, Portugal https://digitarq.arquivos.pt/viewer?id=4251565
[3] Holanda, Sérgio Buarque. História Geral da Civilização Brasileira, A época
colonial, São Paulo: Difusão Editorial, 1960, p. 91; PRADO, Paulo. Retrato do
Brasil,São Paulo:Cia das Letras, 1997, p. 101; SCHWARCZ, Lilia; STARLING,
Heloisa. Brasil: uma biografia, São Paulo:Cia das Letras, 2015, p.32; BARSA
PLANETA, História do Brasil: primeiros povos brasileiros, descobrimento e
colonização, 2009, v.1, p. 170
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