Os astecas usavam dois calendários, o primeiro tonalpohualli
/ tonalpouali ("contagem dos dias") de 260 dias divididos em vinte
semanas de treze dias cada e um (mostrado no Códice Bourbônico [1]). Cada dia
era provido de um signo e de um algarismo que se continuava a usar as datas do
ano solar de 360 dias, desta forma, em 72 anos de 260 dias teremos um total de 18720
dias que correspondem a 52 anos de 360 dias, repetindo-se, portanto, o ciclo a
cada 52 anos solares de 360 dias. O segundo
calendário Xiuhpohualli (calendário solar) era constituído de 18 períodos de 20
dias cada com um período extra de cinco dias conhecido como aziago. Desta forma
os astecas contabilizavam ciclos solar de 52 anos de 365 dias [2] Os
astecas não possuíam relógios, clepsidras ou quadrantes solares.[3] Os povos
mesoamericanos tinham o conhecimento do ciclo venusiano em 584 dias.[4] O grande
calendário de pedra construído por Axayacatl em 1479 demonstra o conhecimento
dos astecas em astronomia.[5] O Códice
Tovar, atribuído ao jesuíta mexicano Juan de Tovar de 1585, contém informações
detalhadas sobre os ritos e cerimônias dos astecas (também conhecidos como
mexicas) e inclui um calendário civil asteca com os meses, semanas, dias,
letras dominicais e festividades religiosas de um calendário cristão de 365 dias.
O calendário solar asteca de 365 dias conhecido como Xiuhpohualli era dividido
em 18 períodos de 20 dias, sendo cada período chamados cempuali,
seguidos do nemontemi que eram os últimos cinco dias do calendário que
encerravam o ano e eram considerados dias de mau agouro e por este motivo não
se trabalhava nestes dias [6]. Cada cempuali
era dividido em 4 períodos de cinco dias, perfazendo o equivalente a quatro
semanas: cali, rechtli, aatli e tecpatli. A
ilustração do Código Tovar da terceira seção descreve um mês asteca, e mostra na
parte superior uma imagem de um homem com seu torso de escama de peixe e pluma
de quetçal, de pé na água e segurando um talo de milho e um vaso, provavelmente
indica que o mês mostrado aqui seja o sexto mês, Etzalcualiztli (Refeição de
milho e feijões). Hyatt Verril em “Old Civilizations of the New World” tendo
em vista a semelhanças entre ao calendários astecas e maias, sugere que ao calendário
maia por ser de uma civilização mais antiga possa ter de alguma forma servido
de base ao calendário asteca, no entanto o calendário zapoteca, anterior tanto
ao calendário asteca como maia, contém elementos comuns aos dois calendários.
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