A riqueza do barroco mineiro e das igrejas é uma mostra do crescimento da riqueza interna que circulava na colônia. [1] Lucio Costa, contudo, observa o conceito de decadência e menosprezo com que tem sido associado o barroco: “a ideia de coisa decadente, de aberração, andou tanto tempo associada a noção de arte barroca, que ainda hoje, muita gente só admira tais obras por condescendência, quase por favor. Se algumas vezes os monumentos barrocos merecem realmente essa pecha de anomalias artísticas, a grande maioria deles, inclusive daqueles em que o arrojo de concepção ou o delírio ornamental atingem o clímax, é constituída por autênticas obras de arte, que não resultaram de nenhum processo de degenerescência, mas, pelo contrário, de um legítimo processo de renovação”.[2] Para Wilson Martins: “historicamente o barroco é uma sobrevivência da idade média; mais tarde é uma tentativa de substituição da mitologia ou da “atitude mitológica” em arte pela “atitude católica [...] è certo, como quer Lafuente Ferrari, que o Barroco, enquanto arte da Contra reforma, é sobretudo expressivo de emoções e vivências religiosas”.[3]
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