O
historiador português Joâo Ameal, destaca o papel do colonizador português: “É pois exato afirmar que Portugal não
coloniza, reparte-se, em quantas localidades se instala. Cria outros Portugais,
ou melhor: cria províncias fieis ao modelo da Nação-mãe. Reparte sem reservas
os seus valores espirituais e éticos, as suas estruturas cívicas, as suas
normas de coexistência, os seus métodos de trabalho. Não é, de modo algum, o
tipo do Povo-parasita, que se intromete em casa alheia para explorar ou
oprimir; é sim, do tipo Povo-irmão: funda novos lares, que, pelos elos
estabelecidos com os lares primitivos, lhe asseguram natural posição no meio
deles. Enquanto dá ao Mundo novos mundos, insere-se em enraíza-se, em igualdade
autêntica de liberdades e faculdades, em conjunto humano fraterno e estável,
nesses novos mundos que revela. Assim acontece nas terras daÁfrica, assim na Índia
e na China, assim na Oceania, assim no Brasil”.[1] O cabo Johann Saar que serviu contra os portugueses no Ceilão destaca: “Seja
onde for que cheguem, pensam estabelecer-se ai para o resto da vida, e nunca
mais tencionam voltar para Portugal outra vez. Mas um holandês, quando chega na
ásia pensa: quando os meus seis anos de serviço acabarem, volto outra vez para
a Europa [2]”. O
governador geral na Batávia Antonio van Diemen destaca “A maioria dos
portugueses na Índia (Ásia) consideram esta região o seu país natal. Já não
pensam mais em Portugal”. O papel progressista do colono português é
detacado por Joaquim Nabuco (na figura): “o Brasil e os Lusíadas são as duas grandes
obras de Portugal”. Para Carlos Malheiros o sentimento nacionalista
português foi transferido para colônia e levou a criação do imperium do
Brasil: “Na América, os portugueses aplicaram com o máximo potencial de
energia o seu nacionalismo, defendendo o território da penetração estrangeira e
realizando uma obra imperecivelmente portuguesa. Repetiram no Brasil o que
haviam realizado em Portugal e conseguiram por esse processo fundar a única
grande nacionalidade inter tropical de projeção europeia”.[3]
Nenhum comentário:
Postar um comentário