quarta-feira, 20 de janeiro de 2021

Magia & Ciência no Egito

 

Pelo maior contato com o Mediterrâneo e as novidades que chegavam como a escrita pictográfica, a arte de construir barcos e a metalurgia John White atribui aos egípcios do Baixo Egito um caráter mais inventivo e adaptável [1]. O conhecimento protegido por segredo, uma evidência da magia régia, era instrumento de poder do qual uma ciência aberta poderia colocar em risco.[2] Para Byron Schafer “muito do prestígio da magia vinha do acesso exclusivo que ela dava às pessoas a técnicas , materiais, conhecimentos especiais, e provavelmente  era empregada de maneira mais completa pela elite do que pelos outros [...]  Dificilmente ocorreria a quem quer que fosse  que o sistema como um todo pudesse estar baseado em fundamentos inseguros”.[3] Schwaller de Lubicz observa no Egito Antigo ciência, religião, filosofia e arte estavam fundidos em uma grande síntese e única, de modo que não se pode fazer a análise destes aspectos de modo isolado [4]. Na história do historiador Manethon, que foi sacerdote durante o reinado do rei Ptolomeu II, cerca de 280 a.c.. consta que todos os faraós praticavam magia, como parte da função real no antigo Egito.



[1] WHITE, Jon Manchip. O Egito Antigo, Rio de Janeiro:Zahar, 1966, p. 20

[2] QUIGLEY, Carroll. A evolução das civilizações, Rio de Janeiro: Fundo de Cultura, 1961, p.151

[3] SHAFER, Byron. As religiões no Antigo Egito, São Paulo: Nova Alexandria, 2002, p. 206

[4] WEST, John Anthony. The traveler’s key to ancient Egypt, New York:Quest, 2012, p. 45




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