Pelo maior contato
com o Mediterrâneo e as novidades que chegavam como a escrita pictográfica, a
arte de construir barcos e a metalurgia John White atribui aos egípcios do
Baixo Egito um caráter mais inventivo e adaptável [1]. O
conhecimento protegido por segredo, uma evidência da magia régia, era
instrumento de poder do qual uma ciência aberta poderia colocar em risco.[2] Para Byron
Schafer “muito do prestígio da magia vinha do acesso exclusivo que ela dava
às pessoas a técnicas , materiais, conhecimentos especiais, e provavelmente era empregada de maneira mais completa pela
elite do que pelos outros [...] Dificilmente
ocorreria a quem quer que fosse que o
sistema como um todo pudesse estar baseado em fundamentos inseguros”.[3] Schwaller
de Lubicz observa no Egito Antigo ciência, religião, filosofia e arte estavam
fundidos em uma grande síntese e única, de modo que não se pode fazer a análise
destes aspectos de modo isolado [4].
[1] WHITE, Jon Manchip. O
Egito Antigo, Rio de Janeiro:Zahar, 1966, p. 20
[2] QUIGLEY, Carroll. A
evolução das civilizações, Rio de Janeiro: Fundo de Cultura, 1961, p.151
[3] SHAFER, Byron. As religiões no Antigo Egito, São Paulo: Nova Alexandria, 2002,
p. 206
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