Para o antigo
Egito a magia - heka possivelmente
significava em sua origem “reger os poderes”.
Ka é a força vital [1],
o poder que fixa e torna o indivíduo um espírito animado [2]. Gaston
Maspero considera o ka como uma réplica do homem vivendo o mesmo período de
tempo que ele. Breatesd entendia tratar-se de uma espécie de anjo da guarda [3]. Ramsses
II da XIX dinastia é citado como tendo vinte e dois Ka. Ka e Ba são as duas partes da alma, em que ka
é a parte da alma que faz a conexão do corpo e ba é a essência moral das motivações,
que lhe permitia liberdade no outro mundo [4], o sopro
da vida, representado na forma de um pássaro, tal como uma cegonha que mostra a
capacidade de migrar e retornar ao mesmo ponto.[5] O ba aparece
no momento da união do corpo com o ka. O ka e o ba deixam o corpo no momento da
morte. O ka viria visitar a múmia do falecido, e a união de ba e ka forma o
corpo transfigurado ou A’Akh (representado na tumba por um íbis, trata-se do espírito
liberado do corpo) após a morte.[6] Nas
tumbas a existência de uma porta falsa representada em uma estela é o caminho
pelo qual ba pode entrar e sair do túmulo.[7] Nos
hieróglifos antigos o ba era representado por uma cegonha e posteriormente por
um pássaro com cabeça humana tendo diante de si uma lamparina.
[1]SHAFER, Byron. As religiões no Antigo Egito, São Paulo: Nova Alexandria, 2002,
p. 179
[2]WEST, John Anthony. The traveler’s key to ancient Egypt, New York:Quest, 2012, p. 64;
Vatican Museums, Rome:Libreria Editrice Vaticana, 2011, p.102
[3]EDWARDS, J. As
pirâmides do Egito, Rio de Janeiro:Record, 1985, p.34
[4]SHAFER, Byron. As religiões no Antigo Egito, São Paulo: Nova Alexandria, 2002,
p. 179
[5]MALKOWSKI, Edward. O
Egito antes dos faraós. São Paulo:Cultrix, 2010, p. 248
[6]BUNSON, Margaret. Encyclopedia
of Anvient Egypt, New York:Facts on File, 2002, p. 189
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