Artigos cosméticos
foram encontrados em tumbas egípcias do período Badariense datado do V milênio
a.c.[1] como
malaquita verde uadj (cobre) simboliza a regeneração e a vida, galena
negra kem (sulfeto de chumbo), ocre vermelho decher (óxido de
ferro) representava a energia, o poder e a sexualidade, tanto em estado natural
como pulverizados. O azul (khesebedj) era extraído do carbonato de cobre
e estava associado ao rio Nilo e ao ceu. Segundo Philippe Walter, do Centro de
Pesquisa e Restauração dos Museus de Paris “Há textos descrevendo receitas
para tratar infecções oculares e informações sobre o uso de maquiagem para
proteger os olhos nos Papiros Ebers”.[2] Uma
pesquisa feita por químicos franceses liderados por Philippe Walter mostrou que
os egípcios já em 2000 a 1200 a.c detinham a tecnologia para fabricação de
cosméticos conservados em frascos originais de alabastro, madeira ou cerâmica.
A pesquisa provou que os restos de cosméticos com base em chumbo encontrados
nos recipientes do Louvre foram obra de processos químicos sofisticados, e não
só da extração de produtos naturais, pois revelam a presença de laurionita e
fosfogenita compostos raramente encontrados na natureza e que segundo os
pesquisadores muito provavelmente foram obtidos de forma artificial.[3] Teofrasto
no ensaio De odoribus afirma que os
perfumes egípcios são os melhores do mundo. Na câmara das Hipostilas no templo da
deusa Hathor em Dendera, conhecida como “Senhora de Biblos” [4] há uma
sala onde são encontradas inscrições de vários perfumes e unguentos, o que
sugere tratar-se de um local dedicado a preparação de tais produtos [5]. A figura mostra uma Caixa de cosméticos egípcios da rainha Ani da XVIII Dinastia (1550-1298 a.c.) em Tebas.
[1]FAGAN, Brian. Los
setenta grandes inventos y descobrimentos del mundo antiguo, Barcelona:Blume,
2005, p. 284
[2]Revista Isto É. O Segredo Da Maquiagem Do Egito, edição 2660 08/01 https://istoe.com.br/44414_O+SEGREDO+DA+MAQUIAGEM+DO+EGITO/
[3]CHILDRESS, David Hatcher. A incrível tecnologia dos antigos, São
Paulo:Aleph, 2005, p. 25; Revista Nature, n.397, 1999; BONALUME, Ricardo.
Cosmética antiga, http://www1.folha.uol.com.br/fsp/ciencia/fe14039901.htm
[4]SHAFER, Byron. As religiões no Antigo Egito, São Paulo: Nova Alexandria, 2002,
p. 75
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