sexta-feira, 29 de janeiro de 2021

O palácio mosteiro de Mafra

 

Durante o ciclo do ouro no Brasil, Portugal aplicava enormes quantidade de recursos em palácios como os de Mafra, com construção iniciada em 1716 e concluída em 1735 no reinado de D. João V e que consumiu 140 toneladas de ouro ou vinte anos de arrecadação do quinto do ouro no Brasil.[1] A construção chegou a ocupar 45 mil trabalhadores e trouxe problemas de abastecimento de material de construção para a cidade. O palácio mosteiro de Mafra era rival do Escorial e de Versailles. O suíço Charles Frederic relata a extravagância em que o plácio era considerado em Lisboa: “è certo que três quartos dos tesouros do rei e do ouro trazido, pelas frotas vindas do Brasilmfoi aqui transformado em pedras”. [2]

[1]CALDEIRA, Jorge. História da Riqueza no Brasil, Rio de Janeiro:Estação Brasil, 2017, p.143; CALDEIRA, Jorge. História do Brasil, São Paulo:Cia das Letras, 1997, p.91

[2]BOXER, Charles. O império Colonial português, Lisboa:Edições 70, 1969, p.165



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