A balestilha é descrita em Tratados como o In Hoc Opere Haec Continentur: Nova Translatio Primi Libri Geographicae Cl Ptolomaei de Johann Werner, publicado em 1522 e Chronographia repertorio dos tempos de Manoel de Figueiredo, publicado em 1605 onde orienta a como fazer a gradação do instrumento e sua fabricação. A belestilha era formada por uma régua composta por duas varas articuladas, graduada muito fácil de utilizar com uma única peça móvel que podia ser alinhada com o sol e o horizonte para determinar o ângulo de elevação do sol.[1] A primeira descrição da balestilha é do médico judeu francês Levi ben Gerson em texto traduzido em 1342 para o latim em que era denominado baculus Jacobi / bastão de Jacó. A invenção mais tarde foi atribuída ao astrônomo e matemático Regiomontanus (1436-1476) que o chama de “radus astronomicus”. Seu nome é atribuído à semelhança com a arma conhecida como besta, arma com a qual se disparavam flechas, e na época conhecdia como balhesta.[2] A balestilha encontra-se descrita no Livro de Marinharia de João de Lisboa em 1514, na Carta Universal de Diogo Ribeiro de 1529 e no Tratado em defensam da carta de marear [3] de Pedro Nunes de 1537, e na Arte de navegar de Pedro Medina de 1545, mas está ausente no Esmeraldo de Duarte Pacheco publicado em 1505 [4], no Regimento do astrolábio da Biblioteca de Munique de 1509, assim como não consta do inventário de instrumentos de Fernão de Magalhães em 1519. Luciano Pereira da Silva conclui que a balestilha começa a ser empregada seja na marinha portuguesa ou espanhola somente a partir do segundo quartel do século XVI.[5]
[1]MIGLIACCI, Paulo. Os
descobrimentos: origens da supremacia europeia, São Paulo:Scipione, 1994, p.
41; BOORSTIN, Daniel. Os descobridores, Rio de Janeiro:Civilização Brasileira,
1989, p.58
[2]MOURÃO, Rogério.
Dicionário de astronomia e aeronáutica, Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1986,
p.81
[3]https://purl.pt/14480
[4]https://www2.senado.leg.br/bdsf/item/id/242845
[5]VASCONCELLOS, Ernesto; GAMEIRO, Alfredo; MALHEIROS, Carlos. In: História da Colonização Portuguesa no Brasil, Edição Monumental Comemorativa do Centenário de Independência do Brasil, Porto, Litografia Nacional, 1921, Capítulo II, Ar arte de navegar dos portugueses, p. 47
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