A figura mostra desenho do teto do Ramesseum no Egito com a representação das principais constelações, à direita o hipopótamo fêmea sustenta um crocodilo, no centro o touro e à esquerda o leão.[1] No Vale dos Reis, Richard Lepsius descobriu no teto da tumba de Seth I desenhos das principais constelações, desenhos de relógios de estrelas em que eram representadas as dozes horas da noite. Para medição da posição de determinadas estrelas era usado um instrumento de prumo [2]. As constelações da Grande Ursa é reconhecida mas representada por um boi a Cygnus por um homem de braços abertos.[3] Os papiros demóticos de Carslberg 1 e 9 datados de 144 d.c. apresentam métodos para determinação das fases da lua e outros conhecimentos astronômicos.[4] Quando Heródoto visitou o Egito em 450 a.C., observou que os astrólogos Egípcios “conseguem prever que fortuna e que fim e que temperamento um homem terá, segundo o dia do seu nascimento… quando acontece algo de agoirento, eles observam o resultado e anotam-no e, se algo semelhante voltar a acontecer, pensam que terá um resultado idêntico”. O túmulo de Ramsés V (1150-1145 a.C.) continha tábuas astrológicas da correspondência do nascimento das constelações a cada hora do mês com as diversas partes do corpo.[5] No Texto das pirâmides do Antigo Império se diz que o rei ao morrer se transformava em uma estrela no ceu do Norte em meio as “estrelas imperecíveis”. O texto das Pirâmides 302 se diz: “O ceu está claro, Sothis vive, porque o rei está vivo, o filho de Sothis e as duas estrelas eneades lavaram-se para o rei na Ursa Maior, a imperecível”.[6]
[1]MASPERO, Gaston. History Of Egypt, Chaldæa, Syria, Babylonia, and
Assyria, v. 1, London:Grolier Society, 1896.
http://www.gutenberg.org/files/19400/19400-h/19400-h.htm
[2]LEACH, E. Primitive time reckoning.
In: SINGER, Charles; HOLMYARD, E. A history of technology, Oxford Clarendon
Press, v.I, 1958, p. 113
[3]ROMER, John. O vale dos
Reis, São Paulo:Melhoramentos, 1994, p. 145
[4]TATON, René. A ciência
antiga e medieval, São Paulo:Difusão, 1959, tomo I, v.I, p. 48
[5]CANTU, Cesare. História
Universal, volume XIV, São Paulo:Editora das Américas, 1955, p. 352
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