Walter Ceram destaca o uso da carreta leve de batalha
com rodas puxada por cavalos adestrados como uma invenção decisiva dos hititas
na batalha de Kadesh entre o faraó egípcio Ramses II e o rei hitita Muwatallis
em 1285 a.c. tendo revolucionado a estratégia militar[1]. Cada
carreta de guerra hitita leva três homens: o condutor e um guerreiro a cada
lado dele [2]. Leonard
Wooley descobriu carretas sumerianas antigas datando de 3000 a 2700 a.c nos
túmulos reais de Ur. [3] Uma
caixa de madeira com mosaico incrustado encontrado no cemitério real de Ur no
Iraque datada de 2600 a.c. revela uma das representações de bigas mais antigas.[4] Os
cassitas (1530 a.c.) mostram o uso de carros com duas rodas que usualmente
transportava dois soldados sendo um na direção dos cavalos.[5] As
charretes introduzidas foram importantes para Mesopotâmia intensificar o
comércio com os povos da costa da Anatólia e o Levante.[6] Da Síria
tais carretas foram difundidas rapidamente para o Egito que já são mencionadas
em obras da XVIII dinastia.[7] Um relicário
guarda joias mostra cena de guerra do faraó Tutancamon “o mais destemido do
que nenhum outro” em campanha na Núbia, encontrada na tumba de Tutankamon
(1333-1323 a.c.). Um baixo relevo no templo de Beit el Qualli na Núbia mostra
Ramsés II conduzindo um carro de origem hitita.[8] No
milênio II a.c. na região de Fezzan na África são identificados cenas de carros
com duas rodas puxados por cavalos a galope.[9] O uso do
carro de duas rodas explica o sucesso dos invasores bárbaros na Suméria, Acádia
e Egito no século XVIII a.c.[10] A Bíblia
em 1 Reis 10:28 se refere as importações de Israel de quadrigas trazidas do
Egito: “E traziam do Egito, para Salomão, cavalos e fio de linho; e os
mercadores do rei recebiam o fio de linho, por um certo preço. E subia e saía
um carro do Egito por seiscentos siclos de prata, e um cavalo por cento e
cinqüenta; e assim, por meio deles, eram exportados para todos os reis dos
heteus e para os reis da Síria”.
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