Fábricas
de papel foram construídas no Cairo no Egito em 900, no Marrocos em 1100 [1],
Jativa na Espanha em 1150, Herault na França em 1189, Montefano na Itália em
1276 [2] com moinho de papel construído pelo artesão Ulman Stromer de Nuremberg. Jaen
Delumeau aponta que a tecnologia do papel chegou na Europa trazida por
mercadores genoveses e venezianos.[3] O domínio da fabricação do papel pelos árabes foi responsável pela grande
expansão no intercâmbio de conhecimento e ideias no mundo árabe [4].
Os judeus em Játiva no século X e Toledo no século XI se especializaram nessa
manufatura.[5] Jacob
d’ Ancomo ao escrever sobre sua viagem à China em 1270 se refere a “melhor
forma de se fabricar o papel a partir de uma pasta de madeira e da casca de
amoreira”, o que revela que ele já conhecia o papel na Itália na sua época.
O papel tornou-se um substituto econômico do dispendioso pergaminho feito de
pele de carneiro. O conhecimento do papel pode se difundir pelo mundo árabe
chegando à Europa com a invasão dos mouros islâmicos à Portugal e Espanha no
século XII. [6]
[1]McCLELLAN III, James; DORN, Harold. Science and technology on world
history: an introduction. The
Johns Hopkins University Press, 1999, p.109
[2]USHER, Abbott. Uma
história das invenções mecânicas, Campinas:Papirus, 1993, p. 319
[3]DELUMEAU, Jean. A
civilização do Renascimento, Lisboa:Estampa, 1984, v.I, p.191
[4]LYONS, Jonathan. A casa
da sabedoria, Rio de Janeiro: Zahar, 2011, p.82
[5]HODGETT, Gerald.
História social e econômica da Idade Média, Rio de Janeiro:Zahar, 1975, p.148
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