A necessidade de construções militares para defesa da Colônia faz aportar mestres, ferreiros entre outros ofícios. Tomé de Souza chega ao Brasil em 1549 na Bahia para fundar a cidade de Salvador acompanhado de Luíz Dias, mestre de obras e arquiteto [1]; Diogo Peres, mestre pedreiro; Pedro Goes, mestre pedreiro arquiteto e construtor dos primeiros engenhos de açúcar [2]; Luis Martins, mestre de fazer cal; Francisco Nicolas, mestre de carpintaria; Diogo de Castro, boticário; os carreiros João Dias de Soajo e Martim Gonçalves entre outros oficiais [3] em um total de 77 artífices [4]. A Câmara Municipal de São Paulo por diversas vezes (1578, 1583 e 1586) perseguiu ferreiros por ensinarem seu ofício aos índios. Segundo Afonso de Taunay “Compreende-se a preocupação com que os vereadores queriam a todo custo impedir que os selvagens pudessem substituir por armas de ferro os toscos tacapes, os machados de pedra e as farpas ósseas das flechas”.[5]
[1]TELLES, Pedro Carlos da
Silva. História da Engenharia no Brasil: séculos XVI a XIX, Rio de
Janeiro:Clube de Engenharia, 1994, p.74; MENDES, Chico; VERÍSSIMO, Chico;
BITTAR, William. Arquitetura no Brasil de Cabral a Dom João VI, Rio de
Janeiro;Imperial Novo Milênio, 2009, p. 59
[2]SCHWARTZ, Stuart.
Segredos internos: engenhos e escravos na sociedade colonial. São Paulo: Cia
das Letras, 1988, p. 408, nota 61
[3]BARSA PLANETA, História
do Brasil: primeiros povos brasileiros, descobrimento e colonização, 2009, v.1,
p. 227; MOTOYAMA, Shozo. Prelúdio para uma história: ciência e tecnologia no
Brasil, São Paulo:Edusp2004, p. 89; SOUZA.
Bernardino José. Ciclo do carro de bois no Brasil. São Paulo:Cia Editora
Nacional, 1958, p. 104
[4]LIMA, Heitor Ferreira.
História Político econômica e industrial do Brasil, São Paulo:Cia Editora
Nacional, 1970, p. 107
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