No Egito a alquimia
desenvolveu técnicas para esmaltar e colorir vidros, fabricar perfumes, extrair
óleos de plantas e tingir. Alguns papiros de Tebas do século III d.C. mostram
experimentais alquímicos de transmutação de metais com informações práticas
sobre como fazer diversas ligas metálicas. Os egípcios desenvolveram técnicas
de embalsamamento muito embora o mérito de tais técnicas residia no clima seco
das terras do Nilo e ausência de germes no ar e na areia.[1] As únicas fontes históricas de tais técnicas são Heródoto (484-425 a.c.) [2] e Diodoro quando a arte já estava em decadência.[3] Georde Rawlinson estima em cerca de 150 mil embalsamentos por ano, realizados
tanto para classe pobre como para a opulenta, o que permite concluir que essa
atividade gerava uma riqueza significativa. A prática se estendeu de 2000 a.c.
a aproximadamente 700 d.c [4].
As etapas finais de mumificação aparecem representadas na tumba de Thoy de 1200
a.c. [5] Para secar todos os fluidos do corpo inicialmente os embalsamadores usavam
areia, posteriormente natrão (uma mistura de carbonato de sódio e bicarbonato
de sódio) um tipo de sal encontrado nas margens de lagos próximos ao Cairo, em
particular em Wadi el Natrum [6] (foto) e com melhores resultados [7].
Strabo se refere a três centros de produção de natrão , o mais importante era
um oásis chamado Wadi Natrun abastecido com as águas do Nilo. O segundo centro
ficava próximo ao porto de Naucratis no delta do Nilo. O terceiro em El Kab no
Alto Egito. O natrão extraído destas três localidades era um importante
monopólio estatal nos tempos de Ptolomeu (320 a.c.). Além da mumificação o
natrão era usado como incenso em ritos religiosos e na fabricação de vidro.[8]
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