Aos egípcios é atribuída também a divisão do dia em
vinte e quatro horas[1]. A
palavra “dia” provém do grego dyas
que significa o número dois designando as duas partes: a escuridão e a
claridade sendo o dia contado enre o período entre o nascer do sol e o por do
sol [2]. Tanto o
dia como a noite eram divididos em doze horas por isso a variação de uma hora
variava durante o ano, no solstício de verão quando o dia começava às cinco e
se punha as sete cada hora do dia teria 10 minutos a mais do que nos equinócios
de primavera e outono, enquanto que na metade do inverno teria dez minutos a
menos.[3] Relógios
baseados na posição de estrelas são encontrados no teto da tumba de Senmut /
Senenmut (1500 a.c.), arquiteto da rainha Hatshepsut na XVII Dinastia, que
mostra os cinco planetas, assim como no templo de Seti I em Abidos. Os relógios
de estrelas dividam a noite em dez horas com mais uma hora em cada extremidade
para o crepúsculo e a aurora, totalizando doze horas que reproduzidas
correspondentemente no dia totalizavam vinte e quatro horas, sistema que já
encontrava em prática na XVIII Dinastia. Osiris é representado pela estrela
Orion (três estrelas em linha) e como um pássaro que surge no horizonte como o
planeta Vênus, seguido de Isis como a estrela Sirius, Horus como o planeta
Jupiter e também como Saturno. Os doze meses são representados como círculos
divididos em grupos de quatro tendo Horus como a figura central.[4]
[1] HARRIS, J. O legado do
Egito, Rio de Janeiro:Imago, 1993, p.66; CASSON, Lionel. O antigo Egito. Rio de
Janeiro:José Olympio, 1969, p.159
[2] PRIORE, Mary del. Histórias da gente brasileiras, v.1 Colônia, Rio de Janeiro:
Leya, 2016, p. 20
[3] STROUHAL, Eugen. A vida
no antigo Egito. Barcelona:Folio, 2007, p. 191
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