O matemático Daniel Mansfield analisou a pequena tábua de argila Plimpton 322 escrita por volta de 1800 a.c. e argumenta tratar-se da tabela trigonométrica mais antiga do mundo e também a mais precisa em que cada uma de suas linhas é representa uma terna pitagórica tão complexas como, por exemplo, 119, 120 e 169. Para Daniel Mansfield estes dados eram usados em arquitetura, por exemplo, para calcular dimensões de rampas e outras estruturas em pirâmides, palácios e canais.[1] A tábua Plimpton 322 sugere segundo Neugebauer o uso do sistema sexagesimal pelos babilônios.[2] Embora a regra da hipotenusa fosse conhecida de autores gregos que vivem aproximadamente cem anos após Pitágoras nenhuma destes atribui a autoria de tal regra a Pitágoras, assim como Aristóteles também não o fez.[3] Para Otto Neugebauer que decifrou as triplas pitagóricas de Plimpton 322 estas tábuas são “prova suficiente de que o teorema de Pitágoras era conhecido mais de mil anos antes de Pitágoras”.[4] Um enunciado do teorema de Pitágoras pode ser encontrado no Vedas na Índia escrito por volta de 600 a.c.). Pitágoras viveu por volta de 570 – c. 495 a.C. Donald Knuth revela a presença de procedimentos para a determinação do comprimento e largura de cisternas presentes em tabuletas da antiga Babilônia: “Podemos elogiar os babilônios por terem desenvolvido uma boa maneira de explicar um algoritmo por meio do exemplo enquanto o próprio algoritmo começava a ser definido”.[5]
[1]https://brasil.elpais.com/brasil/2017/08/24/ciencia/1503599508_412430.html
[2]EVES, Howard. Introdução
à história da matemática, São Paulo:Unicamp, 2004, p.63
[3]CREASE, Robert. As
grandes equações, Rio de Janeiro:Zahar, 2011, p.18, 244
[4]CREASE, Robert. As
grandes equações, Rio de Janeiro:Zahar, 2011, p.245
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