Na Babilônia
e na Judeia o primeiro sinal visível da lua nova marcava o início do ano celebrada
na festa chamada Neomênia (2 Reis 4:23). Para que pudesse ter início seria necessário a
confirmação do evento por duas testemunhas sendo a notícia espalhada para
outras cidades por meio de fogueiras, o que não era difícil em um país
montanhoso como a Palestina. Como os samaritanos costumavam enganar os
israelitas com a transmissão de sinais falsos o rabino judeu Judá I decidiu
abolir esse sistema de transmissão de sinais luminosos substituindo por
mensageiros.[1] Daniel
Boorstin mostra que o fato do homem calcular os ciclos religiosos promoveu um
avanço da ciência e tecnologia. Os muçulmanos, contudo, continuaram a se basear
nos ciclos visíveis da lua seguindo rigidamente a observação de Maomé no
Alcorão onde as luas novas “são tempos
assinalados para as pessoas e para a peregrinação [...] Não jejueis enquanto não
virdes a lua nova” (2:185). Para Daniel Boorstin o fato do homem chegar ao
conhecimento da data certa sagrada por um cálculo matemático e não pela mera
observação visual de um fenômeno indicaria um novo estágio de prestígio da
ciência [2].
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