Com conhecimentos em astronomia, o piloto judeu espanhol
João Faras conhecido como Mestre João da frota de Pedro Álvares Cabral calculou
as coordenadas do Cruzeiro do Sul e, segundo o astrônomo do século XIX Amedee
Guillemin, o Mestre João teria observado o cometa Astone conhecido na Itália
como “il Signor Astone” “A Grande Haste” em 12 de maio de 1500 logo depois da
descoberta do Brasil. Existe menção do mesmo cometa na Europa e China.[1] Em um dos trechos da carta de Mestre João, descoberta em 1843 pelo
historiador Francisco Adolfo de Varnhagen e escrita na atual Baía Cabrália,
onde o astrônomo realizou os primeiros
estudos astronômicos no Brasil, ele descreve a constelação do Cruzeiro do Sul
conhecida desde a Grécia Antiga, e sugere ao rei que peça um mapa onde veria a
localização das terras onde eles estavam, o que faria crer que os portugueses
já conheciam o território brasileiro. Em 1455 o navegador veneziano em Alvise
Cadamosto registrou o que chamou de carro dell’ostro (“carruagem do sul”)
possivelmente se referindo ao Cruzeiro do Sul ainda que sua descrição seja
imprecisa. A descrição do Mestre João em 1500 é considerada a primeira representação correta feita por um europeu.
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