O
meteorito Bendengó descoberto em 1784 no sertão baiano pelo menino Bernardino
da Mota Botelho junto ao riacho Bendengó. Dom Pedro II tomou conhecimento da
existência do meteorito apenas em 1886 ao visitar a Academia de Ciências em Paris,
e decidiu providenciar sua remoção da caatinga para o Arsenal de Marinha em
1888 e depois ao Museu Nacional do Rio de Janeiro quando o mesmo já estava
instalado no Paço de São Cristóvão, na Quinta da Boa Vista, sob a direção de
Ladislau Netto. Na língua dos índios quiriris na Bahia, bendengó significa
vindo do ceu. O transporte do meteorito de mais de cinco toneladas da caatinga
para a capital deslizando sobre trilhos e puxado por uma junta de bois acabou se
tornando uma das mais complexas empreitadas da história do transporte durante o
Império. O Bendengó resistiu ao incêndio do Museu Nacional em 2018[1]. Foram
construídas quatro réplicas da pedra, em tamanho real uma das quais foi
confeccionada em madeira para figurar na Exposição Universal de Paris em 1889,
e está no Palais de la Découverte em Paris[2].
Nenhum comentário:
Postar um comentário