A
algebrização da matemática proporcionada pelos árabes e que começa com al
Khwarizmi no século IX, natural da cidade de Khwarizm no atual Uzbequistão, segundo
René Taton representou uma espécie de “laicização nominalista” do caráter
hermético assumido pela transmissão dos segredos de ofício, numa época em que
não era possível a reprodução tipográfica exata de fórmulas arbitrárias.[1] O livro de Al Khwarizmi era o livro al-jabr w’al muqabala que significa “restauração
e compensação” método que ficou conhecido como álgebra.[2] Dada a equação A = B – C a operação de al-jabr ou restauração transforma a equação em A + C = B, ou seja, o
termo negativo se torna positivo ao passar para o outro lado da equação. A
redução é o processo que transforma A = B + C em A – C = B. Os enunciados
matemáticos, contudo, somente deixaram de ser expressões retóricas e se
tornaram simbólicas no século XV.[3] Al Khwarizmi usou a palavra shai para representar a quantidade desconhecida na
equação que traduzida para o latim tornou-se res, que significa coisa. Alguns
livros usavam o latim causa que traduzido para o italiano virou cosa, ou coss
em alemão. O estudo das questões envolvendo uma variável desconhecida ficou
conhecida como cossic art.
Nenhum comentário:
Postar um comentário