Para Francis
Bacon: “um homem que se esforce para
aumentar o poder e o domínio do gênero humano no mundo, tal ambição, se é que
assim pode ser chamada, é de todas a mais saudável e a mais augusta”[1],
ou seja, a ciência não como instrumento para se conquistar um poder pessoal
ou de sua nação, mas para o progresso da humanidade. Para Francis Bacon: “a verdadeira e legítima meta das ciências é
a de dotar a vida humana de novos inventos (novis inventis) e recursos [...] a
introdução de notáveis descobertas ocupa de longe o mais alto posto entre as
ações humanas. Esse foi também o juízo dos antigos. Os antigos com efeito tributavam
honras divinas aos inventores, enquanto que concediam aos que se distinguiam
em competimentos públicos, como os fundadores de cidades e impérios, os
legisladores, os libertadores da pátria de males repetidos, os debeladores das
tiranias, etc. simplesmente honras de heróis.
E em verdade, a quem estabelecer entre ambas as coisas um confronto concreto,
parecerá justo o juízo daqueles tempos remotos. Pois de fato os benefícios dos
inventos podem estender-se a todo o gênero humano e os benefícios civis
alcança, apenas algumas comunidades e estes duram poucas idades enquanto que
aqueles podem durar para sempre”.[2] Referindo-se a imprensa, a pólvora e a bússola Francis Bacon refere-se a
mudanças em todo o mundo que promoveram tais invenções, a primeira nas letras,
a segunda na arte militar e a terceira na navegação.
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