Para Edith Hall o espírito grego profundamente competitivo, mestres da palavra escrita, da representação teatral conseguiu na democracia ateniense atingir o ápice da criatividade com uma característica indubitavelmente voltada para a abertura, inovação, adoção de ideias do exterior e acolhimento dos direitos dos estrangeiros residentes na polis grega conhecidos como metecos.[1] Moses Finlay observa que entre os artistas gregos, escultores e ceramistas ambos individuais a ponto de muitos assinarem suas obras, não eram individualistas na medida em que seguiam os mesmos cânones gerais para suas obras, com raras exceções: “em nenhum aspecto se deu naquela época a incansável busca ou demanda de estilos e concepções novas e extremamente individuais que estamos acostumados hoje em dia. Entre os gregos, quem fazia as vezes de sair do tom ou de rebelar-se era o filósofo, não o artista. Este se limitava a expressar os valores aceitos pela sociedade, nem tampouco se apartava de tais valores, nem lutava contra eles”.[2] Os casos de originalidade são muito raros entre os quais o templo jônico de Erecteión é dos mais curiosos segundo Moses Finlay.[3] O pórtico Norte distingue-se pela altura das suas colunas e delicadeza dos capitéis; o pórtico Sul é o mais famoso por ter seis cariátides, ou korai, fazendo as vezes de colunas.
[1] HALL, Edith. The ancient greeks, London:Vintage, 2015, p.127
[2]FINLEY, Moses. Los griegos de la antiguedad. Barcelona: Editorial Labor, 1966, p. 159
[3]FINLEY, Moses. Los griegos de la antiguedad. Barcelona: Editorial Labor, 1966, p. 160
Nenhum comentário:
Postar um comentário