Péricles foi um célebre e influente estadista, orador e estratego da Grécia Antiga, um dos principais líderes democráticos de Atenas, e que promoveu um ambicioso projeto das artes e cultura assim como de obras arquitetônicas na Acrópole de Atenas (incluindo o Partenon) no século V a.C, período conhecido com a Era de Ouro de Atenas, durante o período entre as guerras Persas e do Peloponeso. Plutarco em Vida de Péricles destaca um de seus discursos ao povo grego: “É preciso, uma vez a cidade abundantemente provida de tudo o que é necessário a guerra, aplicar o excedente de seus recursos em obras que lhe propiciem uma glória eterna e que, acabadas, lhe deixarão ainda bastante opulência, graças ao desenvolvimento de uma indústria variada, na multiplicidade das exigências que despertam todas as espécies de talentos, que movem todos os braços, que põem quase toda inteira a soldo do tesouro público, a cidade, ao mesmo tempo ornamentada e nutrida por si mesma. A classe dos operários, que não vai para o exército, eu não quis que fosse privada das mesmas vantagens, nem entretanto que ela se desse à preguiça e à ociosidade. Realizei pois, no interesse do povo, esses grandes projetos de construções, esses trabalhos destinados a ocupar por muito tempo diversas indústrias. Em toda a parte onde se encontravam as matérias primas, mármore, bronze, marfim, ouro, ébano, cipreste, ordenamos que fossem trabalhadas e postas em obras por uma multidão de artesãos, carpinteiros, modeladores, ferreiros, marmoristas, tintureiros, ourives, torneiros de marfim, pintores, fabricantes de mosaicos, cinzeladores; para o transporte e carreto de objetos tivemos necessidade de por mar de negociantes, marinheiros e lotos; por terra, de carroceiros e carreteiros e ainda de carpinteiros, mineiros. E cada profissão ocupa, além disso, como um general, um exército particular, multidão manobreira, assalariada. Assim o serviço geral se espalha e distribui, de certo modo, o bem estar entre todas as idades e todas as condições”.[1]
[1] ISAAC, J.; WEILER, A. História Universal,Oriente e Grécia, São Paulo: Martins Fontes, 1964, p. 213
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