Ezion Geber era o centro da indústria de cobre dos fenícios[1]chamada de “Pittsburgh da Palestina” por Nelson Glueck[2], e as minas de Wadi Timma produziam o metal e utensílios do culto do templo em Jerusalém (1 Reis 7:15)[3]embora haja controvérsias se estas minas estavam ativas ao tempo de Salomão[4]. Salomão menciona um trono de marfim revestido de ouro puro (1 Reis 10:18)[5]e a construção de peças de bronze em moldes de barro (1 Reis 7:46).[6]Na descrição da terra prometida aos judeus de Canaã ele revela que “Porque o Senhor teu Deus te introduzirá numa terra boa, terra cujas pedras são ferro e de cujos montes se extrai os metais de cobre” (Deuteronômio 8:7-9). Os fenícios por volta de 1200 a.c. obtinham o estanho, componente básico do bronze, das minas nas ilhas Cassitérides, hoje Scilly / Schilley[7], junto à Cornualha, do qual possuíam monopólio garantido pelo controle da passagem do estreito de Gibraltar no Mediterrâneo.[8]No aramaico, que era a língua dos fenícios "terra' é "birr', em árabe é "bãr'. "Tãnac' quer dizer "estanho'. Então "bir-i-tanic' quer dizer "terra do estanho”. Werner Keller mostra que ainda em 1950 as minas de Asiongaber no golfo de Akaba iniciou-se atividade de exploração das minas de cobre, e segundo o depoimento de um engenheiro de minas: “Por toda a parte, onde o minério é particularmente rico, topamos com escórias e fornos dos mineiros de Salomão. Muitas vezes chega a parecer que os trabalhadores acabaram de sair daqui”.[9]
[1] ROSS, Norman. The epic of man, Life Magazine, 1962, p. 129
[2] EYDOUX, Henri Paul. Á procura dos mundos perdidos, São Paulo:Melhoramentos, 1967, p. 108
[3] KELLER, Werner. E a Bíblia tinha razão, Barcelona:Econ Verlag, 2008, p.53
[5] DERRY, T.; WILLIAMS, Trevor. Historia de la tecnologia: desde la antiguidade hasta 1750, Mexico:Siglo Vintuno, 1981, p.121
[6] DERRY, T.; WILLIAMS, Trevor. Historia de la tecnologia: desde la antiguidade hasta 1750, Mexico:Siglo Vintuno, 1981, p.175
[7] CANTU, Cesare. História Universal, v. II, São Paulo:Editora das Américas, 1958, p.33; HERRMANN, Paul. As primeiras conquistas. São Paulo:Boa Leitura Editora, 3ª edição, p. 44
[8] CALOGERAS, Pandiá. Formação Histórica do Brasil. São Paulo:Cia Eduitora Nacional, 1938, p. 5 http://www.brasiliana.com.br/obras/formacao-historica-do-brasil
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