quarta-feira, 10 de junho de 2020

Marco Antonio e os cristãos

Para os estoicos dentro de uma concepção animista e teleológica as almas individuais são uma parte da alma universal do mundo de modo que todas as coisas tem uma relação umas com as outras. [1] O imperador estoico Marco Aurélio na sua obra Meditações destaca os traços de uma individualidade com origem nos gregos.[2] A máxima estoica era a de viver em harmonia com a natureza. Julio Capitolino descreve o período em que Marco Aurélio foi imperador como uma época em que “Todos os homens são irmãos, cada um por si mesmo é cidadão no mundo [;..] Durante seu reinado o povo gozou de tanta liberdade como nos tempos da República, mantinha, em todos os assuntos, uma extraordinária moderação para afastar os homens do mal e animá-los na prática do bem, premiando-os abundantemente tratando-os com indulgência, dentro da severidade das leis”. [3] Apesar disso Mario Giordani lembra que sob o reinado de Marco Aurélio não foi revogada as leis que perseguiam os cristãos mantendo-a “talvez com uma dose maior de inflexibilidade desdenhosa”.[4]
[1] HOOYKAAS, R.. A religião e o desenvolvimento da ciência moderna. Brasília:UNB, 1988, p.24
[2] HALL, Edith. The ancient greeks, London:Vintage, 2015, p.8
[3] GIORDANI, Mario Curtis. História de Roma, Rio de Janeiro:Vozes, 1981, p. 70
[4] GIORDANI, Mario Curtis. História de Roma, Rio de Janeiro:Vozes, 1981, p. 338

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