terça-feira, 2 de junho de 2020

A metalurgia dos etruscos

Na civilização etrusca que data do século VII a.c que antecedeu aos romanos já demonstrava domínio em técnicas de joalheria com trabalhos em ouro e prata, como por exemplo as encontradas no túmulo Regolini Galassi.[1] A cidade etrusca de Populônia, que tratava o minério da ilha de Elba[2], destacava-se por suas atividades em metalurgia com a fabricação de objetos em ferro, cobre e bronze como armas, ânforas (amphorae), trípodes e candelabros.[3] As ânforas eram grandes urnas usadas para guardar provisões como cereais[4]. As técnicas, contudo, não eram avançadas a julgarmos pelas enormes quantidades de rejeitos o que mostra que era preciso enormes quantidades de combustível para se conseguir resultados medíocres[5]. Na ourivesaria as técnicas de filigrana e granulado permitiam a criação de joias em ouro de modo a conseguir fios extremamente finos permitindo a fabricação de arabescos, fíbulas, brincos ou braceletes[6]. A parte oriental da península itálica particularmente as ilhas de Elba e Sardenha eram ricas em ferro, cobre, estanho e outros metais. Os povos itálicos quando da invasão dos etruscos já dominavam a fundição do bronze embora continuassem a utilizar instrumentos de pedra, no entanto as cerâmicas não alcançaram desenvolvimento importante limitando-se á satisfação das necessidades mais básicas[7]. Cipselo no século VII a.c. ofereceu uma arca de cedro com aplicações de ouro e marfim em oferenda no santuário de Olímpia considerda uma obra prima em ourivesaria.[8]
[1] BLOCH, Raymond. Os etruscos. Lisboa: Editorial Verbo, 1970, p.61, 163
[2] BLOCH, Raymond; COUSIN, Jean. Roma e o seu destino. Rio de Janeiro:Cosmos, 1964, p.270, 273; AYMARD, André; AUBOYER, Jeannine, Roma e seu império, História Geral das Civilizações, São Paulo:1974, p. 25
[3] BLOCH, Raymond. Os etruscos. Lisboa: Editorial Verbo, 1970, p.120; BLOCH, Raymond; COUSIN, Jean. Roma e o seu destino. Rio de Janeiro:Cosmos, 1964, p.20
[4]BOWRA, Maurice. Grécia Clássica, Rio de Janeiro: Livraria José Olympio, 1969, p. 64
[5] BLOCH, Raymond; COUSIN, Jean. Roma e o seu destino. Rio de Janeiro:Cosmos, 1964, p.270, 109
[6] BLOCH, Raymond. Os etruscos. Lisboa: Editorial Verbo, 1970, p.184
[7] BLOCH, Leon. Lutas sociais na Roma Antiga, Lisboa:Pub. Europa America, 1956, p.22
[8]JARDÉ, A. A Grécia antiga e a vida grega, São Paulo:Epusp, 1977, p.44

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