Para Platão “o sensível explica-se por meio de imagens, o incorpóreo
somente pelo raciocínio”.[1] As coisas são imitações (mimesis) das ideias.[2] Para Platão a arte é um empecilho ao
verdadeiro conhecimento na medida em que remete ao sensível e só indiretamente
ao mundo eidético, o mundo verdadeiro das formas eternas. Aristóteles por sua
vez entende o belo como manifestação da ordem, simetria, proporção, tendo,
portanto uma perspectiva mais positiva para as artes. [3] No
Fedro Platão explica que “A
essência verdadeira das coisas não tem cor, não tem imagem e não pode ser
tocada, somente pode ser contemplada pela mente, governadora da alma, que é
objeto da ciência verdadeira”.[4] Na República Platão se refere a Deus como criador de tais essências, no entanto,
no Timeu ele diz que Deus ao criar, seguiu um modelo eterno. Rodolfo Mondolfo
aponta a dificuldade em se conciliar estas duas passagens e que explica a
divergência posterior com o logos cristão e os neoplatônicos para os quais as
ideias seriam o pensamento da mente divina.[5]
[1] MONDOLFO, Rodolfo. O
pensamento antigo v.I. São Paulo:Mestre Jou, 1964, p.223
[2] MONDOLFO, Rodolfo. O
pensamento antigo v.I. São Paulo:Mestre Jou, 1964, p.225
[3] CRUZ, Murillo. A norma do novo, Rio de Janeiro: Lumen Juris, 2018, p.50
[4] MONDOLFO, Rodolfo. O
pensamento antigo v.I. São Paulo:Mestre Jou, 1964, p.227
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