Segundo o orador Isócrates Pitágoras foi iniciado nos
mistérios quando de sua viagem ao Egito.[1] De volta
a Samos Pitágoras fundou sua escola a Hemiciclo, quando passou a ser chamado de
Sophos (Sabio) ao que respondia: “Não sou sábio, mas apenas amigo (philo) da
sabedoria”, de onde teria origem o termo filósofo[2]. De
Samos Pitágoras se instalou em Krotona onde iniciou a “escola itálica”
ou “sociedade iniciática dos mistérios pitagóricos”[3]. Na versão
de Diógenes Laércio sua escola foi destruída por Cilo, por terem os pitagóricos
participado da sedição da cidade vinha Sibaris, o que levou a acusação de constituírem
um grupo que ameaçava à ordem.[4] Em 1917 foi
descoberta uma basílica neopitagórica pagã de Porta Maggiore, em Roma, datada
do tempo do imperador Cláudio (41 – 54 d.c.) usada pelas elites romandas para
prática de magia. A basílica é composta de três ambientes: o dromos, um largo
corredor de acesso ao vestíbulo e a sala da basílica. Para Jeorme Carcopino o
complexo pertenceria ao aristocrata romano Tito Statilio Tauro, que havia feito
em parte dele um espaço para realização de ritos de uma seita misteriosa e que
foi mencionado nos Anais de Tácito: “Mas Cláudio estava sendo conduzido a
práticas consideradas selvagens da mesma Agripina, que eram realizadas nos
jardins de Statilio Tauro, um homem ilustre pela sua riqueza, derrubado
pelasacusações de Tarquinio Prisco. Tauro foi legado como proconsul na África.
Em seu retorno lançou [referindo-se a Agripina antes mencionada] nele algumas
imputações de extorsão, mas especialmente algumas acusações de magia. Ele não
sofreu por muito tempo pelas falsas acusações, colocando um fim violento em sua
vida antes da sentença do Senado (TÁCITO, Anais, 12, 59,1)”.[5]
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