É nas essências eternas que deve estar o verdadeiro
objeto do saber, o homem deve desviar do mundo oferecido pelos nosso sentidos e
buscar o ideal de perfeição, a ideia de número. [1] O mundo
observado nada mais é que a sombra dessa verdadeira realidade como explicado no
mito da caverna de Platão.[2] O
prisioneiro libertado de suas correntes que consegue sair de sua caverna e ver
a luz é tal qual o filósofo que inicia sua missão iluminadora e libertadora
para os demais prisioneiros numa referência a Descida ao hades celebrada
pelos órficos e pitagóricos. Na mitologia grega depois de morto ser sepultado
sua alma era conduzida em um barco pelo rio Aqueronte pelo barqueiro Caronte. As
pessoas eram enterradas com uma moeda na boca para que a usassem para que
pagassem ao barqueiro pelo seu transporte. No latim, o óbolo de Caronte é por
vezes chamado viático (em latim: viaticum) que significa "provisão para
uma jornada", abrangendo alimentos, dinheiro e outros suprimentos. Com
base neste sentido metafórico de "provisão para a jornada na morte", a
literatura cristã pegou emprestado o termo viático para a forma da eucaristia
que é colocada na boca duma pessoa que está morrendo como provisão para a
passagem da alma para a vida eterna, tal como encontramos no relato de Paulino
de Nola sobre a morte de Santo Ambrósio de Milão em 397.[3] Orfeu
desceu ao mundo dos mortos em busca de sua amada Eurídece que havia sido morta
pela picada de uma cobra. Ao tocar sua lira ele conseguiu trazer sua amada de
volta vencendo a própria morte, com isso trouxe ao mundo uma revelação para a
salvação das almas.[4] Platão estabelece um fosso entre o mundo material e o mundo das ideias. Esta
confusão entre sombras que são tomadas como realidade acontece não por causa da
natureza dos homens e sim pela condição adversa em que eles se encontram[5].
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