Uma revolução nas artes com uma abordagem mais
naturalista viria com Amenhotep IV (1352-1338 a.c.) que no sexto ano de seu
reinado passa a usar o nome Akhenaton[1] quando
redefiniu os dogmas da religião ao promover o culto do deus único Aton, deus do
sol e mudou a capital para Tell El Amarna[2] desafiando
a supremacia de Amon, divindade de Tebas.[3] Em 1975
Geoffrey Martin descobriu uma tumba de um general e regente do reino de Horemheb
que se tornaria faraó, onde se pode perceber temas decorativos de tradições
funerárias anteriores a Akhenaton, o que sugere que a revolução de Akhenaton
tem um caráter muito menos sistemático do que se imaginava. Em 1996 em Bubasteion
foram encontradas tumbas entre as quais a tumba da dama Maia, ama de leite de
Tuthankamon que revela a presença das instituições menfitas reais durante o
reinado de Akhenaton.[4] Byron Shafer
levanta dúvidas se Akhenaton se este período de fato marca uma crença
monoteísta ou se simplesmente os deuses tradicionais deixaram de ser
mencionados[5],
de qualquer forma sua devoção exclusiva a um aspecto não antorpormófico do
culto solar, o próprio disco solar, aproxima muito este período do monoteísmo.[6] Segundo David
Silverman: “não há dúvida de que Akhenaton foi revolucionário em termos do
que havia acontecido antes no antigo Egito antes de seu reinado. Também não
havia dúvida de que suas mudanças tiveram um efeito dramático em uma
civilização que já existia quase dois milênios. Mas para entender exatamente o
que suas crenças implicavam e o que motivava esse governante, deve-se primeiro
lembrar que, em certa medida, Akhenaton foi um produto de seu tempo, e que seu
pensamento se desenvolveu a partir de uma longa tradição e sistema de crença”.[7]
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