Os
escribas mesopotâmicos usavam um sistema de numeração de base sessenta (sexagesimal).
A tábua Plimpton 322 sugere segundo Neugebauer o uso do sistema sexagesimal
pelos babilônios.[1] Desta
forma nossa divisão das horas em 60 minutos e dos minutos em 60 segundos tem
origem na Babilônia.[2] Os babilônios sabiam como traçar um ângulo de 60 graus inscrevendo um polígono
de seis lados e ângulos iguais (hexágono regular) dentro de um círculo.[3] Daniel Boorstin sugere que os caldeus teriam dividido o círculo em 360 partes
por analogia ao ciclo solar de 360 dias.[4] Carl Boyer observa que enquanto outras civilizações usavam o sistema decimal os
babilônios usavam o sistema de base sessenta possivelmente pela facilidade em
dividir em metades, terços, quartos, quintos, sextos, décimos, doze avos,
quinze avos, vigésimos e trigésimos[5].
Por volta do ano 500 a.c. o astrônomo babilônio Nabu-ri-mannu computou a
duração do ano solar em 365 dias, 6 horas, 15 minutos e 41 segundos com um erro
de apenas 26 minutos e 55 segundos a mais o que mostra uma boa aproximação do
ano solar.[6] Uma tábua de iluminações lunares (fases da lua) encontrada na biblioteca de
Assurbanipal por volta de 650 a.c. é o resultado de medições criteriosas[7].
O calendário babilônio inicialmente foi lunar, sendo este o astro de maior
atenção de seus astrônomos. Doze meses lunares médios representam 354 dias, ou
seja, 11 dias e um quarto a menos que o ano solar.
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