Com a vinda da família real o Ministro Sousa Coutinho irá incentivar a vinda de técnicos estrangeiros como o barão de Eschwege que viria a fundar a Fábrica Patriótica em Congonhas do Campo[1] em 1812 e ao alemão Varnhagen com a Real Fábrica de São João do Ipanema em 1821 visando a implantação da siderurgia no Brasil.[2] Ruy Gama observa que a usina dirigida pelo alemão Ludwig Eschwege era conhecida como “Fábrica patriótica”[3] primeira indústria de ferro do Brasil, construída em Ouro Preto, que marca a transição da produção doméstica para a produção industrial e que funcionou no período de 1812 a 1822. O plano original da fábrica constava de quatro pequenos fornos, duas forjas de ferro, um malho e um engenho de socar, instalados em um único edifício. Posteriormente houve uma ampliação com a construção de mais quatro fornos.[4] Caio Prado Júnior relata que com Eschwege pela primeira vez no Brasil utiliza-se uma técnica “verdadeiramente científica” na mineração.[5]
[1] COSTA, Domingos.
Fábrica Patriótica a história da mineração e siderurgia do Brasil https://www.youtube.com/watch?v=oUTFuXpuZoE
[2] BARBOSA, Francisco de
Assis. Dom João VI e a siderurgia no Brasil, Brasília:Batel, 2010, p.42
[3] GAMA, Ruy. Engenho e
tecnologia, São Paulo:Duas Cidades, 1979, p.51
[4] SOUZA, Wladimir Alves de. Guia dos bens tombados de Minas Gerais, Rio de
Janeiro: Expressão e Cultura, 1984, p. 271
Nenhum comentário:
Postar um comentário