O sistema de numeração maia para representação de
datas descrito na estela de Quiriguá mostra a representação de hieróglifos
correspondentes às unidades de tempo kin
representando o dia, uinal
representando 20 dias, tun para 360
dias, katun para 7200 dias (aproximadamente
20 anos)[1], baktun para 144 mil dias (aproximadamente
400 anos)[2] e pictun para 2,88 milhões de dias. O ano
maia era constituído por 18 meses de 20 dias cada um totalizando 360 dias mais
5 dias extras o qual designava-se por haab.
18 uinal formavam 1 tun, ou seja, um ano de 360 dias.[3] Para
representar 1418400 dias basta representar 9 baktuns e 17 katuns. Nesta
representação não se faz necessário representar o zero, no entanto a estela
mostra o hieróglifo zero para o tun, outro para o algarismo uinal e um último
hieróglifo zero para kin. A estela mostra que a introdução do zero cumpre uma
função religiosa ao invés de matemática. Cada algarismo era concebido como um
fardo carregado às costas por um deus guardião do tempo, de modo que se os
ícones de tun, uinal e kin não fossem representados na estela isso poderia ser
interpretado como um desrespeito podendo enfurecer os respectivos deuses.[4] No
sistema aritmético dos maias eram usados apenas três símbolos, o ponto, o traço
e uma concha para o zero.[5]
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