Na Bahia por diversas vezes, sem sucesso, foi pedido
elevar ao estatuto de universidade o colégio local dos jesuítas por oposição
dos jesuítas da Universidade de Coimbra. A primeira petição da Câmara da Bahia
data de 20 de dezembro de 1662, sendo uma segunda petição encaminhada em 1671 “para
conferir graus universitários aos estudantes de teologia” de modo que não
fosse necessário enviar seus filhos para se formar em Coimbra. Pedro Calmon aponta ainda um pedido de 1681 na
Bahia solicitando a equiparação do colégio local com a universidade de Évora (figura). [1] Ronaldo
Vainfas aponta que apesar das diversas tentativas na década de 1660 o Colégio da
Bahia jamais conseguiu a equiparação com as Universidades de Coimbra e Évora.[2] O padre
Antonio Vieira em 1688 ao tratar das universidades, numa figura de pura
retórica, destaca a primazia da “imensa universidade das almas” e
destaca que a gula do saber havia matado Eva no paraíso. Jesus viera não para o
estudo de ciências, mas para a “ciência somente da salvação”. [3]
[1] CALMON, Pedro. História
da civilização brasileira, Brasília: Senado Federal, 2002, p. 134
[2] VAINFAS, Ronaldo. Perfis brasileiros: Antonio Vieira. São Paulo: Cia das
Letras, 2011, p. 38
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