segunda-feira, 28 de março de 2022

As tentativas de equiparação do Colégio da Bahia às Universidades de Coimbra e Évora

 

Na Bahia por diversas vezes, sem sucesso, foi pedido elevar ao estatuto de universidade o colégio local dos jesuítas por oposição dos jesuítas da Universidade de Coimbra. A primeira petição da Câmara da Bahia data de 20 de dezembro de 1662, sendo uma segunda petição encaminhada em 1671 “para conferir graus universitários aos estudantes de teologia” de modo que não fosse necessário enviar seus filhos para se formar em Coimbra.  Pedro Calmon aponta ainda um pedido de 1681 na Bahia solicitando a equiparação do colégio local com a universidade de Évora (figura). [1] Ronaldo Vainfas aponta que apesar das diversas tentativas na década de 1660 o Colégio da Bahia jamais conseguiu a equiparação com as Universidades de Coimbra e Évora.[2] O padre Antonio Vieira em 1688 ao tratar das universidades, numa figura de pura retórica, destaca a primazia da “imensa universidade das almas” e destaca que a gula do saber havia matado Eva no paraíso. Jesus viera não para o estudo de ciências, mas para a “ciência somente da salvação”. [3]

[1] CALMON, Pedro. História da civilização brasileira, Brasília: Senado Federal, 2002, p. 134

[2] VAINFAS, Ronaldo. Perfis brasileiros: Antonio Vieira. São Paulo: Cia das Letras, 2011, p. 38

[3] NOVAIS, Fernando. História da vida privada no Brasil , v.1, São Paulo:Companhia das Letras, 2018. Edição do Kindle, p.256



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