Diversos megalitos são encontrados na Irlanda e Inglaterra entre os quais se destaca por sua extensão os de Avebury que ocupa cerca de cem mil metros quadrados.[1] Herbert Wendt observa que embora o megalito tenha sido utilizado para cerimônias celtas e druidas de culto ao sol, tais monumentos foram construídos cerca de mil antes do surgimento do povo celta.[2] Arnold Toynbee observa que Stonehenge é quase mil anos mais recente do que as pirâmides da quarta dinastia egípcia. Outros megalitos podem ser encontrados em Avebury[3] próximo a Stonehenge, muito embora seu posicionamento em forma circular tenha sido estabelecido depois de uma reforma no local pelo proprietário do terreno Alexandre Keiller numa tentativa de reconstruir o que ele acredita teria sido o formato original dos megalitos[4]. Michael Dames argumenta a função religiosa de tais megalitos como celebração de um acontecimento particular do ano agrícola.[5] Para Arnold Toynbee a cultura megalítica tem suas origens na Espanha e Portugal. Os túmulos em forma de colmeia em Los Milares no sul da Espanha (figura) são dois mil anos mais antigos que os correspondentes em Micenas. [6] As datações de carbono 14 situam o povoado de Los Millares no sul da Espanha e onde se encontram fortificações megalíticas[7], entre finais do quarto milênio a.c e o último quartel do terceiro milênio a.c.[8] Na França são encontrados os megalitos conhecidos como “menires” paralelos entre si formando avenidas de pedra na povoação de Le Ménec ao norte de Carnac.[9] A Le Grand Menhir Brisé na Bretanha trata-se do maior megalito da Europa, hoje partido em quatro enormes pedaços depois de ser atingido por um terremoto em 1722. Robert Wernick observa que a utilização destes megalitos para observação de fenômenos astronômicos pode explicar seu declínio uma vez que o universo não é estático e com o decorrer dos anos aumentam os erros destas observações o que poderia comprometer a credulidade dos sacerdotes e a eficácia de tais monumentos.[10]
[1] BONILLA, Luis. Breve
historia de la técnica y del trabajo, Madrid:Ed. Istmo,1975, p.29
[2] WENDT, Herbert. Tudo
começou em Babel, São Paulo:Difusão, 1962, p. 134
[3] WERNICK, Robert. As
pedras misteriosas da Europa Ocidental. In: Seleções do Reader’s Digest, Os
últimos mistérios do mundo, Lisboa, 1979, p.67
[4] MILLER, Russel. A
verdade por trás da história: as novas revelações que estão mudando nossa visão
do passado. Rio de Janeiro:Reader’s Digest, 2006, p.69
[5] WESTWOOD, Jenifer.
Lugares Misteriosos, Vol. 1, São Paulo:Ediciones del Prado, 1995, p. 34
[6] TOYNBEE, Arnold. A
humanidade e a mãe terra, Rio de Janeiro:Zahar, 1976, p.74
[7] WERNICK, Robert. As
pedras misteriosas da Europa Ocidental. In: Seleções do Reader’s Digest, Os
últimos mistérios do mundo, Lisboa, 1979, p.69
[8] https://pt.wikipedia.org/wiki/Cultura_de_Los_Millares
[9] WESTWOOD, Jenifer.
Lugares Misteriosos, Vol. 1, São Paulo:Ediciones del Prado, 1995, p. 44
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