quinta-feira, 17 de fevereiro de 2022

O culto a Asclépio na Grécia antiga

 

Asclépio é mencionado por Homero como um grande médico, porém somente nos séculos III e IV a.c é que seu nome será objeto de culto popular.[1]  O culto de Asclépio em Epidauro (teatro da cidade mostrado na figura) data do século VI a.c.[2] Em torno dos tempos dedicados a Asclépio, os Asclepions, como os encontrados na cidade de Epidauro[3], reuniam-se diversos doentes em busca de cura, e a presença de inscrições votivas relevam que em muitos casos tinham sucesso.[4] Os doentes permaneciam a noite em um dormitório (enkoimetérion) e esperavam que o deus lhes aparecesse em sonho e lhes prescrevesse o tratamento indicado. Logo que acordavam contavam seus sonhos para que fossem interpretados pelos augures sacerdotes. Os que eram curados tinham suas histórias registradas em estelas no santuário[5] em Epidauro, centro do culto a Asclépio.[6] Galeno (129-217 a.c.), Erasístrato (310-250 a.c.) e Asclepíades da Bitínia (124-40 a.c.) retomam a teoria dos humores esboçada no tratado de Hipócrates (460-370 a.c.) Sobre a natureza do homem em que conforme a predominância de um dos quatro humores é possível classificar o indivíduo como sanguíneo, fleugmático, colérico e melancólico.[7] Erasístrato afirmava que as rins cabia a função de filtrar o sangue e se opunha à escola hipocrática baseada em sangrias para eliminação de supostos humores perniciosos.



[1] LINDBERG, David C. The Beginnings of Western Science. University of Chicago Press. Edição do Kindle. 2007, p.112

[2] TATON, René. A ciência antiga e medieval, tomo I, livro 2, Sâo Paulo:Difusão Europeia, 1959, p. 76

[3] DURANDO, Furio. A Grécia antiga, Barcelona:Folio, 2005, p.180

[4] ABRIL Cultural, Medicina e Saúde. História da Medicina, v.I, São Paulo, 1970, p. 28

[5] JARDÉ, A. A Grécia antiga e a vida grega, São Paulo:Epusp, 1977, p.159

[6] LINDBERG, David C. The Beginnings of Western Science. University of Chicago Press. Edição do Kindle. 2007, p.112

[7] TATON, René. A ciência antiga e medieval, tomo I, livro 2, Sâo Paulo:Difusão Europeia, 1959, p. 190




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