Em Machu Picchu (Velho Pico)[1] descoberta em 1911 pelo arqueólogo norte americano Hiram Bingham, professor da Universidade de Yale, foram encontrados aquedutos que forneciam água potável aos moradores.[2] A cidade era conhecida simplesmente como Picchu e sua localização exata era mantida como segredo militar na época, sendo rebatizada como Machu Picchu por Hiram Bingham quando de sua redescoberta em 1911.[3] Os primeiros conquistadores espanhóis ignoravam a existência de Machu Pichu escondida pela floresta virgem e montanhas, nem o segredo de sua existência revelado pelo povo inca conquistado. Além das muralhas Machu Picchu é marcada por grandes terraços cultiváveis conhecidos como andenes[4] dotados de um sofisticado sistema de canais que permitia a irrigação constante dos cultivos, evitando a erosão e preservando o solo e as montanhas, feitos de pedra empilhada[5]. Sobre o desenvolvimento de engenharia hidráulica dos incas Simone Waisbard conclui: “Esta ciência hidráulica, os Incas possuíam-na efetivamente. As descobertas de Hiram Bingham em Machu Picchu, as de Paul Fejos nas três cidades desconhecidas durante muito tempo que superam a cidade perdida dos incas, a exploração recente de Vilcabamba la Vieja pelo americano Gene Savoy, demonstraram a perfeita maestria dos engenhos do Cusco no manejo da água corrente, tanto para fins utilitários quanto decorativos ou cerimoniais”.[6] O inca Viracocha construiu um aqueduto de duzentos quilômetros com canalização de trinta centímetros de diâmetro descrevendo uma curva para oeste e para o sul a partir de Cusco.[7]
[1] VALLA, Jean Claude. A civilização dos incas, Rio de Janeiro: Otto Pierre, 1978,
p. 127
[2] LEONARD, Joathan.
América pré colombiana, Rio de Janeiro:José Olympio Editora. Biblioteca de
História Universal Life, 1971, p.137
[3] SORIANO, Waldemar. Los
incas: economia sociedade y estado em la era del Tahuantinsuyo, Peru:Amaru
Editores, 1997, p. 334, 338
[4] SORIANO, Waldemar. Los
incas: economia sociedade y estado em la era del Tahuantinsuyo, Peru:Amaru
Editores, 1997, p. 230
[5] RIBAS, Ka W. A ciência
sagrada dos Incas, São Paulo:Madras,
2008, p. 96
[6] WAISBARD, Simone. Tiahuanaco: 10000 anos de enigmas incas. São Paulo:Hemus, 1971, p. 204
[7] VALLA, Jean Claude. A civilização dos incas, Rio de Janeiro: Otto Pierre, 1978, p. 221
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