No Novo Império (1570 a 1544 a.c.) o faraó assume aspectos cada vez mais divinos, sendo denominado de “encarnação de Deus” ou “manifestação de Deus”.[1] O faraó tinha de ser representado como um deus, de modo que seria inimaginável desenhá-lo em perspectiva, pois pareceria em escala reduzida em forma humana indistinta dos demais mortais[2]. David Silverman mostra que na cerimônia de coroação do faraó o mesmo ascendia ao trono como a personificação divina da realeza, como novo Hórus. Ao fará neste momento transcendia a humanidade e tornava-se o intermediário entre seu povo e os deuses. Somente na morte, porém, ele realmente alcançaria o status completamente divino. Alguns reis, no entanto, consideraram-se divinos desde o nascimento, como Amenhotep III, Ramsés II e Akhenaton. Há também cenas e textos mostrando e descrevendo o nascimento divino do Rei. Eles retratam essa transformação mágica do indivíduo originalmente humano em um rei divino por ter uma mãe humana e um pai divino.[3]
Nenhum comentário:
Postar um comentário