Evaldo Cabral de Mello mostra que a família patriarcal rural não se distinguia da família patriarcal urbana: “patriarcalismo rural e urbano, ambos descendiam do mesmo tronco” que, por sua vez, não se distinguem muito do patriarcalismo português, este “produto de uma concepção autoritária da natureza das relações entre seus membros” e não necessariamente reflexo da família aristocrática. Reflexo desse patriarcalismo, Evaldo Cabral de Mello mostra que o nepotismo na política brasileira como na família Cavalcanti de Albuquerque era considerado legítimo na sociedade patriarcal tanto que sequer foi questionado na Revolução Praieira em 1848 seja entre conservadores como entre os liberais como observa Joaquim Nabuco. Norbert Elias em “Sociedade dos Indivíduos”, por sua vez, irá considerar como etnocêntrica a perspectiva de que este nepotismo remonta as práticas familistas vigentes nos estado africanos.[1]
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