A Porta do Sol[1] é um
monumento do império inca em Tiahuanaco que data 200 a.c. formato por um só bloco
de rocha de cerca de 10 toneladas e talhado com simbologia contida em seus
baixos-relevos.[2] A localização original era o Templo de Pumapunku, porém o monólito foi
transferido para sua localização atual ao noroeste de Kalasaya. Os grandes
blocos de pedra de Tiahuanaco teriam sido transportados em grandes jangadas de
junco através do lago Titicaca (em aimará Titi
é o nome do puma e kaka refere-se a
cor dourada do animal). [3] A
divindade central é identificada como Viracocha de Chavin de Huantár, o que
sugere um vínculo cultural entre as duas culturas. Um dos últimos incas de Cusco,
Huayna Capac profetizou o retorno do deus heroi Viracocha tal como reproduzido
por Garcilaso de la Vega : “Nosso Pai, o Sol, revelou-me que após o reinado
de doze incas, seus filhos, aparecerá neste país uma espécie de homens eu nos
são desconhecidos e que devem dominar nossos Estados. Eles pertencem, sem
dúvida ao povo daqueles que vieram outrora do mar. Estejam certos de que estes
estrangeiros chegarão a este país e cumprirão o oráculo”.[4] A chegada
dos conquistadores espanhóis foi considerada como sendo o cumprimento da antiga
profecia. Os portugueses no século XVI também alimentaram por séculos a esperança
do retorno de sei rei D. Sebastião morto em batalha.
[1] ROSS, Norman. The epic of man, Life Magazine, 1962, p. 237
[2] WAISBARD, Simone.
Tiahuanaco: 10000 anos de enigmas incas. São Paulo:Hemus, 1971, p. 209
https://pt.wikipedia.org/wiki/Porta_do_Sol_(Tiwanaku)
[3] WAISBARD, Simone. As
pedras silenciosas de Tiahuanaco. In: Seleções do Reader’s Digest, Os últimos
mistérios do mundo, Lisboa, 1979, p.139; WAISBARD, Simone. Tiahuanaco: 10000
anos de enigmas incas. São Paulo:Hemus, 1971, p. 118
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