A ponte de cordas San Luis Rey sobre o rio Apurimac (em quéchua significa “o senhor que fala”) [1] que se encontra na estrada real de Cusco a Lima [2], construída sob o reinado de Capac Yupanqui [3], pendia de cabos de corda trançados a mão com fibras de agave era usada pelos incas e renovada a cada dois anos. [4] Estas pontes balançavam e arqueavam de forma significativa, no entanto, cruzavam desfiladeiros de até 60 metros de altura. [5] Em 1579 Montesinos descreve sua passagem pelo rio nestas cordas. [6] Nos caminhos secundários usava-se um mecanismo conhecido como oroya, com um cabo estendido sobre a corrente, no qual desliza um pedaço de madeira arqueado que se puxa na margem oposta e onde se suspende um cesto que transporta o passageiro [7]. Cieza Leon descreve sua passagem pelo rio neste cesto ao retornar a Lima depois de ter derrotado Gonzalo Pizarro.[8]
[1] VALLA, Jean Claude. A civilização dos incas, Rio de Janeiro: Otto Pierre, 1978,
p. 249
[2] HERRMANN, Paul. A
conquista das Américas. Sâo Paulo:Boa Leitura, 1960, p.165; SORIANO, Waldemar.
Los incas: economia sociedade y estado em la era del Tahuantinsuyo, Peru:Amaru
Editores, 1997, p. 393
[3] BAUDIN, Louis. A vida
quotidiana dos últimos incas, Lisboa:Ed. Livros do Brasil, p. 51
[4] CERAM, W.C. O mundo da
arqueologia. São Paulo:Melhoramentos, 1970, p.337; TIME LIFE BOOKS,
Incas: Lords of gold and glory. Alexandria, 1992, p.99
[5] LEONARD, Joathan.
América pré colombiana, Rio de Janeiro:José Olympio Editora. Biblioteca de
História Universal Life, 1971, p.122, 131
[6] WAISBARD, Simone. Machu
Picchu cidade perdida dos incas. São Paulo: Hemus, 1974, p. 24
[7] BAUDIN, Louis. A vida
quotidiana dos últimos incas, Lisboa:Ed. Livros do Brasil, p. 121
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