Em
1851 Guilherme Schuch como professor da Escola Central no Largo de São
Francisco no Rio de Janeiro fez em duas salas do prédio a primeira experiência
bem sucedida de telegrafia elétrica no Brasil. Por determinação de Pedro II um
sistema de telégrafo foi inaugurado em 11 de maio de 1852 sob a
responsabilidade técnica do engenheiro Guilherme Schuch ligando a Quinta da Boa Vista em São Cristóvão
ao quartel de Polícia na rua dos Barbonos, atual Evaristo da Veiga[1].
O atual Quartel General da Polícia Militar ocupa a quase totalidade do
quarteirão da Rua Evaristo da Veiga entre a Avenida República do Paraguai e a
Rua Senador Dantas no Rio de Janeiro. A
primeira ocupação do terreno foi o Hospício projetado em 1732 pelo engenheiro
militar José Fernandes Pinto Alpoim, edificação que se tornou o Convento Nossa
Senhora da Oliveira e serviu aos frades franciscanos italianos, os quais
ficaram conhecidos como os Barbonos. Segundo Roberto de Macedo o sistema foi
inaugurado por Eusebio de Queiroz em 1852 para permitir de forma mais eficaz a
execução da lei de 1851 que abolira o tráfico de africanos no país[2].
Os trabalhos foram conduzidos pelo lente de Física da Faculdade de Medicina,
Paula Cândido tendo os trabalhos continuado com o lente de física da Escola
Militar na Praia Vermelha, Guilherme Schuch de Capanema.[3] Em 1855, Guilherme Schuch foi nomeado Diretor Geral dos Telégrafos, cargo que
ocupou até a queda do Império, exercendo forte influência junto a D. Pedro II.
Devido às condições ambientais nos trópicos (calor e alta umidade) a
deterioração rápida dos isoladores era um problema grave para as linhas. Isso
levou Capanema a inventar um novo tipo de isolador, todo feito de vidro,
porcelana, ebonite etc., mas que não usava peças metálicas. Essa invenção
recebeu a patente número 4171, em 1873, no Reino Unido e foi divulgada nas
principais revistas europeias da área.[4] No Brasil Guilherme Schuch recebeu patentes para fabricação de papel com fibras
vegetais n° 2053/1857, melhoramento em aparelho para extrair açúcar de cana n°
5540/1874 e método para fabricar sulfureto de carbono n° 5982/1875. Entre o
mobiliário exposto em Viena destaca-se uma cadeira de igreja trabalhada em pau
brasil enviada pela Bahia. André Rebouças expôs as medidas do Paraná tendo sido
autor de obra em três volume sobre as madeiras no Brasil.[5]
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