A civilização micênica, se estendeu
aproximadamente de 1600 a.c. a 1100 a.c.[1] O palácio de Pilos, no sudoeste do Peloponeso, foi destruído em c. 1180 a.C. Depois
da invasão dórica em 1100 a.c. e do fim da civilização micênica a escrita
Linear B desenvolvida em Creta caiu em desuso.[2] Com o colapso da civilização micênica século XI a.c. a escrita grega somente
veio a ser restaurada com a adoção do alfabeto fonético de origem fenícia no
século VIII a.c.[3] Por
volta de 1200 a.c a escrita desapareceu do território grego num período
denominado “idade das trevas”[4],
somente sendo retomada apenas no século IX a.c. após a expansão dos fenícios
pelo Mediterrâneo quando os gregos adaptaram o alfabeto fenício a uma escrita
fonética de sua língua[5], ou seja trata-se de uma nova escrita que nada tem a ver com a escrita de
Micenas, os gregos são totalmente analfabetos de 1100 a.c. a 750 a.c.[6].
Donald Kagan mostra que houve uma ruptura com o passado da cultura de Micenas
que é destruída, sob seu local não se ergue nenhuma nova cidade, há uma
evidente descontinuidade com este passado. Na mesma época Egito será também
atacado pela Líbia e pelo mar pelos Filisteus bíblicos, assim como a Anatólia
dos hititas é atacada, bem como Síria e Palestina. Chipre e Sicília também
sofrem ataques. Há muitas teorias para o que aconteceu nesta época: revoltas
internas contra a monarquia, mudanças climáticas que reduziram produção
agrícola ou mesmo ataques de tribos étnicas invasoras dórios, herdeiros de
Hércules, dotados de armas de ferro, aos moldes do que aconteceria posteriormente
com o império romano. [7] Uma outra hipótese teria sido a escassez de estanho, matérias prima essencial
para fabricação do bronze. [8]
[1] História da Grécia
Antiga #2 - com Donald Kagan, de Yale, 9:40,
https://www.youtube.com/watch?v=elFKaI0IjKI
[2] GONTIJO, Silvana. O
mundo em comunicação, Rio de Janeiro:Aeroplano, 2001, p.54
[3] FINLEY, Moses. O legado
da Grécia, Brasília:UNB, 1998, p. 214; PIGGOTT, Stuart. A Europa antiga,
Lisboa:Fund. Calouste Gulbenkian, 1965, p. 236
[4] História da Grécia
Antiga #2 - com Donald Kagan, de Yale, 10:24, https://www.youtube.com/watch?v=elFKaI0IjKI
[5] BOORSTIN, Daniel. Os
criadores, Rio de Janeiro:Civilização Brasileira, 1995, p.49; FUNARI, Pedro
Funari. Grécia e Roma, São Paulo:Contexto, 2004, p.20
[6] História da Grécia
Antiga #2 - com Donald Kagan, de Yale, 59:00, https://www.youtube.com/watch?v=elFKaI0IjKI
[7] História da Grécia
Antiga #2 - com Donald Kagan, de Yale, 39:00
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