Ao confundir a milha árabe e a milha italiana no mapa
de Toscaneli, Colombo estimou que o Japão (Cipango segundo a denominação de
Marco Polo[1]) estaria
a distância de 5 mil milhas náuticas quando a medida correta é de 20 mil milhas
náuticas, ou seja, não tivesse encontrado a América no meio do caminho Colombo
não teria suprimentos para concluir sua viagem. Toscanalli baseara suas medidas
nos relatos de exploradores como Marco Polo e supunha que a Asia estaria numa
distância necessariamente superior a metade da do globo terrestre. Na época já
se tinha como certo a esfericidade da terra.[2] Colombo
desconhecia as medidas mais precisas da circunferência da terra feitas pelo
grego Eratóstenes[3].
Os sábios de Salamanca rejeitaram a proposta inicial de Colombo em 1484, mas ao
final conseguiu o apoio de Castela para sua viagem. Ainda quando de sua morte
Colombo sempre acreditou que estivera na Ásia e apesar de hoje ser conhecido
como descobridor das Américas jamais acreditou ter descoberto um novo
continente entre a Europa e a Ásia.[4] Um
esboço feito pelo irmão de Colombo, Bartolomeu Colombo, que mostra os litorais
que percorreu em sua quarta viagem como se fosse parte da Índia e China. O
Panamá aparece banhado pelo oceano Índico em reprodução de F. Wieser no MItteilungen
des Institut fur oesterreichische Geschitsforschung Erganzungsheft, 1893[5] Em uma
de suas cartas Colombo de 1502 escrita ao papa ele deixa claro que o que o
movia em suas viagens à América era a fé: “para a execução do empreendimento
das Índias não me baseei na razão, nem na matemática, ou nos mapas mundis:
plenamente se cumpriu aquilo que havia dito Isaías”.[6] O
profeta Isaías, segundo interpretação do abade milenarista Joaquim de Fiore
(1200-1260), que afirmara "que da Espanha lhe seria elevado seu Santo
Nome".
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