Quando os incas se
apoderaram do povo chimu levaram para
Cusco os metalurgistas mais habilidosos[1] utilizando-se de fornos conhecidos como huayas[2].
Louis Baudin observa que entre os incas havia o conceito de mãe terra Pachamama[3] pelo qual pedras era enterradas nos campos com o intuito destes se tornarem
fecundos, o que pode ter dado origem a técnica primitivas de fertilização do
solo[4]. Antes
dos chimus o povo Chavín (1400 a.c. a 400 a.c.) dominava técnicas de metalurgia
do ouro e prata[5] sendo a cidade de Chavín de Huantar um importante centro religioso.[6] Os povos
pré colombianos dominavam técnicas de colorir ligas de ouro e cobre com
tratamento com a seiva ácida de plantas como a Oxalis pubescens.[7] Alden
Mason em seu livro Civilizações antigas do Peru registra a presença de ornamentos
de platina descobertos no Peru que exigem fornos capazes de aquecer o metal a 1730C
o que estava muito acima dos fornos encontrados na época. Os artesãos europeus
somente conseguiram fazer os primeiros artefatos em platina no século XIX[8] Entre os
incas a tecnologia do cobre e do bronze era usada na confecção de facas, armas
e instrumentos agrícolas. Em Mina Perdida foram encontradas lâmina de cobre de
1250 a.c[9]. A
técnica de fundição do cobre chegou à América Central por volta de 900 d.c.[10] O cobre
e bronze bem como seus processos de fundição eram conhecidos no período pré
colombiano na região de Quimbaia na Colômbia. [11] Em
Tenochtitlan os mixtecas se destacaram por seu desenvolvimento na metalurgia de
metais preciosos[12].
Os mixtecas aprenderam as técnicas de manipulação do ouro com povos do Equador
ou Costa Rica.[13] Em tumbas em Monte Albán foram encontradas por Alfonso Caso em 1932 muitas
peças em ouro e pedras precisas de fabricação mixteca que mostram a técnica de
cera perdida e filigrana.
[1] TIME LIFE BOOKS, Incas: Lords of gold and glory. Alexandria, 1992, p.88,
108
[2]SORIANO, Waldemar. Los
incas: economia sociedade y estado em la era del Tahuantinsuyo, Peru:Amaru
Editores, 1997, p. 267
[3] RIBAS, Ka W. A ciência
sagrada dos Incas, São Paulo:Madras,
2008, p. 59
[4] BAUDIN, Louis. A vida
quotidiana dos últimos incas, Lisboa:Ed. Livros
do Brasil, p. 206
[5] TIME LIFE BOOKS, Incas: Lords of gold and glory. Alexandria, 1992, p.158
[6] COE, Michael. Antigas
Américas, mosaico de culturas, v. II Madrid:Ed. Del Prado, 1996, p. 178;
LONGHENA, Maria; ALVA, Walter. Peru Antigo. Grandes civilizações do passado.
Madrid:Folio, 2006, p.24
[7] TATON, René. A ciência
antiga e medieval: a Idade Média. São Paulo:Difusão, 1959, p. 12
[8] PAUWELS,
Louis; BERGIER, Jacques. O despertar dos mágicos. São Paulo: Difel,1975, p. 159; KEOKE, Emory; PORTERFIELD,
Kay. Encyclopedia of American Indian Contributions to the worodl: 15000 years
of innovations, New YorK: Checkmark Books, 2003, p. 208
[9] LONGHENA, Maria; ALVA,
Walter. Peru Antigo. Grandes civilizações do passado. Madrid:Folio, 2006, p.114
[10] LEONARD, Joathan.
América pré colombiana, Rio de Janeiro:José Olympio Editora. Biblioteca de
História Universal Life, 1971, p.123
[11] SHAPIRO, Harry. Homem,
cultura e sociedade, Lisboa: Fundo de Cultura, 1972, p. 155
[12] LONGHENA, Maria. O
México antigo, Barcelona:Folio, 2006, p. 64
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